quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dia 4 na Grande Maçã


Estou sentada à mesa do Fiorello. São 2:15 da tarde. O restaurante está meio cheio. Fico numa mesa junto à janela mas prefiro olhar para o restaurante. Imediatamente ao meu lado tenho uma mãe com uma criança. Não são turistas, são locais e parecem ser clientes habituais porque toda a gente as conhece. Ambas comem pasta. Ambas não, a filha que não aparenta ter mais de 4 anos, não toca na comida e a mãe não parece importar-se. Falam da última vez que fizeram ski e das aulas que a filha teve. A mãe bebe vinho tinto e chama várias vezes a filha à atenção para não abanar a mesa com a boneca. A mãe continua com o seu monólogo como se tivesse uma adulta à sua frente. A maioria das mesas parece ocupada por locais, uma vez que é o feriado do Dia do Presidente. A mãe ao lado continua a não importar-se que a filha tenha o prato intacto e continua ocupada com o prato de massa à sua frente. Falam que de seguida vão ao supermercado e depois para casa “sweet pea”. Afinal a filha não tem 4 anos, tem 5. E a mãe continua a conversa, desta vez, a perguntar-lhe se está cansada... De seguida, o assunto passa a intelectual. Dizem palavras em chinês e sueco. A mãe explica-lhe que na Australia se usa “G’day mate!”. A filha questiona a mãe sobre russo, o que a mãe diz desconhecer. A filha pergunta o que é uma pop star. E a mãe explica-lhe que uma pop star são cantores que cantam música popular. A mãe é linda. Deve passar dos 40, talvez uns 45. Não usa maquilhagem mas é naturalmente bonita. É esquerdina e está sobreamente vestida de preto. É uma intelectual. Percebe-se que tem muito mundo e não é apenas uma dondoca com dinheiro. A filha tinha a beleza da mãe. Pedi uma salada caprese, um tiramisu e um café. A mousse de chocolate é a especialidade da casa, e apesar de ser uma das minha perdições, não me apeteceu. O tiramisu foi uma péssima escolha, uma verdadeira desilusão. Era gigante e extremamente artificial, como a maior parte das sobremesas em NYC. Passam das 4 da tarde e o restaurante está cada vez mais cheio. A maior parte das pessoas são velhotas mas reparo que numa das mesas ao lado está a Pink. Ainda não percebi se as pessoas estão a almoçar ou a jantar. Percebo que muitas bebem champanhe e dry martinis. A senhora que se está ao meu lado, depois da mãe e da filha, lê Elisabete George e é extremamente simpática para quem a atende. Já deve passar dos 70 e tem uma voz e um sotaque que me fazem lembrar a Susan Sontag. Pouco depois saio do Fiorello e vejo a praça em frente ao Lincoln Center repleta de mesas e cadeiras onde simplesmente as pessoas se sentam a ver os outros passar, ou a apanhar sol, ou a comer. 






Vou até à Macys e a algumas lojas em Herald Square enquanto faço tempo para o jantar no Robert. O jantar no Robert foi fabuloso, como sempre. A vista sobre Columbus Circle e Central Park é de cortar a respiração, o restaurante é de um excelente bom gosto, o serviço é impecável, mas acima de tudo, a comida é excelente e de qualidade. Desta vez, com os cumprimentos da Chef Luisinha, comemos de entrada:  mexilhões, carpaccio de atum, parpadelle com trufas pretas e folhado de queijo brie. Por mais palavras que use, não consigo descrever a experiência! Todas a provas foram fabulosas. Como pratos principais escolhemos: gnocchi de ricotta, vieiras, atum e salmão. Como sobremesa ainda tivemos um miminho da Chef Luisinha que fazia lembrar o paladar do Ferrero Rocher.














segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dia 3 na Grande Maçã

Ontem fomos ao brunch na Clinton Street Baking & Co. Pelos vistos, lugar afamado, dado o tempo ridículo que esperamos (quase 3 hrs). Estes lugares em NYC dão-se ao luxo de não fazerem reservas e as pessoas vão para lá marcar presença e fila. O que vale é que nesta cidade, os dias são maioritariamente bonitos!  Estava um sol lindo mas um frio e um vento de cortar! A temperatura estava abaixo de 0ºC. E o segredo em NYC no inverno é sempre entrar em lojas ou starbucks para nos aquecermos. 

No tempo de espera, que era muito, resolvemos ir a Little Italy, experimentar um dos restaurantes para enganar a fome. Para quem sabe, Little Italy, faz lembrar aquelas ruas do Algarve cheios de maus restaurantes sazonais, das praias turísticas, em que há aquelas pessoas que nos chamam e falam todas as línguas. Um deles perguntou-nos a nacionalidade e começou a falar-nos em espanhol!!! Hello! Nem sabia onde era Portugal nem que falavamos português... mas tinha a mania que era italiano... Devia ser daqueles bem americanos “red necks”. Entramos, num dos restaurantes, quase a congelar de frio. Eu já não conseguia articular palavras porque a minha mandíbula estava paralisada!!! O restaurante tinha um aspecto exterior que não combinava com o interior... nem guardanapos de pano tinha... Pedimos vários antipasti para partilhar e todos eles eram péssimos. A bruschetta estava ensopada em mau azeite com quadrados de tomate e pão de gosto duvidoso, os cogumelos recheados davam medo de provar a imaginar o resultado da sua ingestão (pareciam com a inscrição: “se querem uma diarreia comam-nos”). O resto eram uns pratos de queijo e salame. Pedimos ainda uma pizza. Nunca na vida comi nada tão mau. A base era daquelas compradas nos supermercados e o recheio para esquecer... O F., tamanha era a desilusão, deixava cair tudo e sujou-se todo!!! Foi a única parte de rir à gargalhada! À hora marcada voltamos para a Clinton Street Baking & Co. O lugar era aceitável mas nada de espectacular, nem guardanapos e toalha de mesa de pano tinha. A minha preferência continua a ser o Sarabeth. Comi “Eggs Benedict” que estavam bons mas nada que justificasse uma espera de 3 hrs...




Esqueci-me de falar das “irmãs da Pipa”. Na sexta estava na fila do MoMA para guardar a mochila e junto a mim estavam umas adolescentes que não deviam ainda ter atingido a idade adulta. Eram portuguesas e o sotaque e pouca flexibilidade na mandíbula pareciam indicar injecções de botox. Esta semelhança fez lembrar-me imediatamente a “Pipa da Samsung”. Aproveito para dizer que não tenho nada contra a Pipa, muito menos contra o seu desejo/sonho de ter uma mala Chanel. Cada um é para o que nasce! Se a miúda tem um trabalho honesto, qual o problema de ter como sonho de consumo uma mala Chanel? Eu não percebo esse desejo porque não faz parte dos meus gostos. Mas não me chocaria ninguém dizer que queria a seriagrafia X, o livro y ou a viagem z. Pessoas que trabalham honestamente têm que ter sonhos. Afinal para que serve a vida? Obviamente que existem milhares de desempregados no nosso país, e não sou indiferente a isso, e milhões de pessoas no mundo a passar fome e subnutridas. E todos somos poucos para ajudar.  No entanto, lembro-me do ideal comunista de querer um mundo pobre sem ricos. Não pobres a desejar viver melhor... Tudo isto para dizer que não tenho simpatia alguma pela Pipa mas detesto as pessoas que apontam o dedo. As “irmãs da Pipa” tinham todas um iphone e todas tinham um bronze invejável de quem tinha passado o Carnaval no Brasil ou uns minutos dentro de um qualquer solário de Lisboa ou Cascais... Eram fúteis, de facto, as suas conversas mas a visita ao MoMa fica sempre bem. No dia seguinte,  ao fim da tarde,  quando subia o Guggenheim encontrei-as sentada, a descansar, num dos sofás. Que mundo pequeno este! Continuavam com os seus iphones mas com um ar desinteressado porque no Guggenheim não se pode fotografar a colecção. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Dia 2 na Grande Maçã


Depois de mais de 30 mns à espera para entrar no Guggenheim com 0 ºC era o dia de se pagar o que se quer. A sugestão é $10 à sexta depois das 5:45 pm. Este museu, mais do que a exposição permanente e as itinerantes  vale pelo edifício. É difícil de acreditar quando vamos escalando o edifício que este abriu em 1959. Parece tão actual, tão moderno, tão irreverente. Enquanto ia vendo a exposição cruzo-me com um grupo de 4 adolescentes portuguesas (que parecem irmãs ou família da Pipa da Samsung) e que ontem já tinha encontrado no MoMA. Qual a probabilidade de encontrar as mesmas pessoas em NYC? Elas pareciam mais interessadas nos seus iphones enquanto aguardavam sentadas, provavelmente a desilusão de serem proibidas fotografias.  A exposição permanente é pequena mas vale a pena ser vista pelas várias obras de Kandisky, Picasso, Cezanne e Degas.

Seguimos para a “Frauces Tavern” (que já falei num post anterior). É um restaurante/museu/bar dos mais antigos de NYC e com um papel importante na Revolução americana. Conta-se que George Washington era um assíduo e que o seu prato preferido era “pot pie”.  Eu comi uma “sheperd pie” e bebi a que eles consideram a melhor stout do mundo “plain porter”. Depois fomos para um bar irlandês perto, na Stone st, “The Dubliner”.









Regresso à Grande Maçã


Regressar a NYC ao fim de 7 meses foi como regressar a casa. Parece que nunca saí daqui. A fila interminável na Alfândega que demorou quase 3 horas, marcar o Super Shuttle e regressar a NYC, não como habitualmente pelo Lincoln Tunnel, mas pela ponte George Washington directamente a Washington Heights. Cheguei ao fim da tarde do dia dos namorados que aqui significa filas e filas e horas de espera em restaurantes, ramos e ramos de flores nos braços das pessoas, mais flores individuais, mais lojas com decorações alusivas ao dia, peluches e mais peluches, balões, muitos balões e muitas cores. Ainda vi a figura mítica de WH, a Dianinha Ross!!! Fomos jantar ao “Las Palmas” que é o restaurante mexicano mais peculiar e autêntico que conheço em Washington Heights. A entrada é uma mercearia mexicana e nas traseiras é um restaurante com 6 mesas. É frequentado principalmente por mexicanos e médicos, estudantes de medicina, grads e afins do Medical Center. A comida é autêntica, muito barata e farta. A senhora que serve à mesa só fala espanhol. Perguntou como sempre se queria picante. Resolvi arriscar o “poquito” que ela sugeriu! O picante era tanto para os meus standards que nem o arroz e o feijão (que não tinham picante) me salvaram. A garrafa de sidral desapareceu! Todo o meu tubo digestivo da boca ao estômago parecia fogo! Acabei no Rite Aid a comprar pastilhas para a acidez no estômago (A., como te compreendo!). Cheguei a casa e o F. mostrou-me todos os seus novos gadjets. Fiquei fascinada com o mini projector portátil. É a verdadeira sala de cinema em casa! Quando o meu corpo teimava que já era hora de acordar, estava a deitar-me, às 3. 



Como sou expert em jet lag, às 8 como castigo, estava acordada! Fui almoçar ao Whole Foods em Columbus Circle. Atravessei o Central Park até à FAO Schwartz. Nada de especial, não fosse o porteiro vestido de soldadinho de chumbo e o turístico piano do “Big” (cujo filme eu não me lembro de ter visto). Entrei na Trump Tower e fui ao Starbucks. Os meus gostos são algo duvidáveis mas achei a entrada e aqueles dourados todos no limite do pindérico. Mais tarde, a descer a 5th Avenue, para me aquecer, entrei na igreja de St Thomas pela primeira vez. Todos os bancos são almofadados a veludo e têm bíblias para cada pessoa e almofadas para ajoelhar. Se em Portugal os padres até têm que guardar as hóstias, imaginem almofadas e bíblias onde estariam... A seguir fui ao MoMA só para ver “O grito” do Edvard Munch que depois da desilusão da “Mona Lisa” no Louvre, foi uma agradável surpresa. A sala está escura e depois no meio lá está o quadro que parece desenhado a lápis de cera.






Como não podia deixar de ser, depois de 7 meses, perdi o treino do metro. Tinha que estar às 8 numa exposição e enganei-me a entrar... Já ia pra Brooklyn quando o meu objectivo era West Village.  Cheguei 20 mns atrasada à exposição da Liz Collins. Isto sim era NYC! Uma exposição muito pequena, para lá do esquisito, tínhamos que nos baixar para passar por entre as pessoas porque as peças de arte (t-shirts penduradas num enorme balão) impediam-nos a passagem.  Bebidas à borla, muita gente diferente, música, projectores, roupas excêntricas, penteados espectaculares, valeu a visita. Depois ainda fomos a uma loja de roupa em segunda mão mas não me perdi. Já a noite ia avançada fomos jantar a St Marks Place. Gente, muita gente, restaurante cheios e acabamos num “hole in the wall” a comer comida japonesa. Ainda fomos a um bar mas como o meu jet lag manda em mim voltamos a casa pouco depois da meia-noite.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Django


Não vou fazer a crítica do filme. Primeiro porque as críticas ficam sempre aquém dos filmes e segundo, como diz António Lobo Antunes: "os maus escritores é que acabam a escrever críticas". No entanto,  quero deixar aqui a recomendação. Adoro Tarantino. “Pulp Fiction” é um dos meus filmes favoritos. O humor negro dele, os excessos, tudo é exagerado e kitch. Este filme dá para rir alto. Aquelas cenas da cara tapada são hilariantes e fazem doer a barriga de tanto rir. A banda sonora é excelente, como em todos os filmes do Tarantino. Christoph Waltz tem uma merecida nomeação para o oscar, tão bem interpretado, que me apetece rever. Este ano compete com o também fabuloso Robert De Niro em “Silver Linings Playbook”. Não conheço os papéis dos outros nomeados mas se Christoph Waltz ganhar é mais do que merecido. Este filme vale a pena ser visto no cinema. Samuel L. Jackson aparece quase irreconhecível, este que é um dos actores fetiche de Tarantino. Neste filme tem um papel muito polémico, sendo mais papista que o Papa. E como todas as histórias de amor, tem um final feliz.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

De quem são filhos os póneis?

A L. tem das histórias mais hilariantes que conheço! Sempre que me lembro delas, rio até às lágrimas. A minha predilecta é a história dos póneis. Já ia alta a madrugada e a L. começou com as suas profundas questões filosóficas: "Ó C...... vou perguntar-te uma coisa mas não te podes rir...Os póneis são fihos de quem?". Apesar de sermos as duas biólogas de formação, as espécies animais, e eu acrescentaria no meu caso, as plantas, não são o nosso forte... Como eu a entendo bem... mas na realidade a L. deveria estar a questionar-se de quem são filhos as mulas... Essas sim são o resultado estéril do cruzamento entre um cavalo e burra.

A minha história, não sei se vou ser repetitiva, mas perdoem-me os que já a conhecem passou-se comigo em San Diego numa visita ao Sea World em que vi um espectáculo (não sabia eu de quê) com uma "baleia branca ceguinha" que fazia "puf puf"... que afinal era uma... orca!

A mais recente questão filosófica chegou-me hoje: "Quem é o marido da foca?". O quê? Marido da Foca? As focas e todos os animais irracionais não se casam... mas adiante... o macho da foca é quem? É o cavalo-marinho!!!! Descontrolei-me a rir! Nada melhor que terminar assim o dia!!! "Eu vivo a sorrir".

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


"Nem sempre posso “postar” o que é belo. A vida é cruel e há coisas que não podem ser escondidas. No 1º post sobre o meu amigo Cláudio excusei-me a comentários ao acontecimento. Passadas duas semanas e perante as imagens não posso ser indiferente. Não me refiro às imagens por sensacionalismo, mas porque o Cláudio era meu amigo e porque este assunto toca directamente na justiça portuguesa e a todos nós.
Ser pai não significa apenas ser um progenitor. Ser pai é ser PAI em toda a assumpção da palavra. Eu sou PAI e qualquer PAI que seja 4 anos impedido de estar livremente com a sua filha, pode agir irracionalmente. Aliás é do conhecimento público as perturbações psicológicas que o Cláudio Rio Mendes sofreu pelas acções da ex-companheira, filha do assino Ferreira da Silva – Ana Carriço – que abusou do seu poder de juíza para mover influências num série de decisões de tribunal que impediram o Cláudio de ver a sua filha e que denegriram a sua carreira de advogado. Tudo seria evitado se a Ana Carriço percebe-se que seria mais proveitoso para ambos chegar a um acordo que permitisse ao Cláudio ser PAI. Era essa a sua única intenção.
Mas em vez disso e durante 4 anos a única coisa que a Ana Carriço soube fazer foi inventar obstáculos que impedissem o Cláudio de ser PAI. Certamente que a Ana Carriço deve estar contente com toda a situação que criou. O Cláudio agrediu a Ana Carriço, bateu numa idosa, destruiu o carro do sogro, e daí? Se calhar vocês PAIS fariam pior. Neste encontro a filha do Cláudio – Adriana – estava a fazer birras porque passava os dias a ser envenenada e manipulada com discursos dos avós e da mãe. Quantas birras não fazem os nossos filhos em lugares públicos? O que seria se quem assiste interferisse em todas essas situações? Se ainda para mais as relações entre o Cláudio e a família da Ana Carriço eram más, então o juíz que decretou a ordem de visita quinzenal à filha do Cláudio, durante uma hora em lugar PÚBLICO, também devia ter dado ordem de NÃO PROXIMIDADE das pessoas que estiveram ali envolvidas. Isso sim teria evitado o início da confusão e consequente crime. Mas será que esse juíz também não conhecia a sua colega juíza Ana Carriço?
Por fim, o que é que um verdadeiro PAI não faria para poder ser PAI? 4 anos sem a filha? Eu tenho uma filha de 4 anos e não consigo realizar o que seria a minha vida sem ela. Tentando-me colocar na pele do Cláudio e imaginar que me faziam a mim o mesmo que lhe fizeram a ele durante 4 anos, chego a pensar que as suas reacções foram pequenas. Quanto ao assassino Ferreira da Silva qual a sua motivação para as suas reacções? Pelo que observamos aqui, tivessem-lhe feito a ele o mesmo que fizeram ao Cláudio e certamente o seu sogro já tinha sido assassinado há muito mais tempo.
Estou pouco preocupado em saber quantos anos é que o assassino vai estar na prisão. 10, 15 ou 20? É pouco. Preocupa-me sim que exista na justiça gente como a Ana Carriço que como juízes são o fiel das decisões dos tribunais. Só ficarei descansado quando souber que a carreira da juíza Ana Carriço foi interditada.
(E como os principais motivos para a interdição dificilmente serão provados em tribunal, deixo como sugestão o facto da juíza Ana Carriço ter abandonado o local do crime, deixando a vítima a morrer sem chamar assistência médica. É isto um juiz?)
in "Lema: ser do contra blog", 22/02/11 (http://fmcarvalho.wordpress.com/2011/02/22/interditem-a-juiza-ana-carrico/)
Há duas coisas que me irritam profundamente e que tenho de fazer um esforço monstruoso para não me tirarem do sério (o que nem sempre consigo): estar a falar com alguém e essa pessoa olhar para todo o lado menos para mim e fazerem aqueles barulhos inúteis que só poluem (bater com o pé no chão, bater com a mão na mesa...). Hoje, como quase sempre ao almoço, a uma hora que eu escolho para não encontrar muita gente, senta-se numa mesa ao lado uma pessoa sozinha. Eu estava sossegadamente a ler o meu livro enquanto esperava pela comida e a única coisa que ouvia (que ultrapassava o som da televisão e das restantes mesas) era bufar e bater com o tacão no chão. Não sei como consegui segurar-me para não perguntar: " A senhora está com algum problema?". 

Dar e receber


As crianças são uma fonte inesgotável de vitalidade e de força! Convivi sempre com muitas crianças. Tive sempre primos mais novos do que eu e agora tenho sobrinhos. Rapazes, por sinal. Eu sei que sou suspeita para falar deles mas são crianças extraordinárias. Farto-me de rir com eles, com as perguntas, com as respostas, com as deduções, com os olhares. Eles sabem levar-me tão bem! Eu adoro-os mas eles adoram-me! Eles dão-me muito mais do que eu lhes dou.

O mais velho é viciado em legos e em tudo do Cars 2. A rapidez com que ele monta e desmonta legos é impressionante. Adora livros de colorir, tudo o que tenha autocolantes e descobrir diferenças. Passa horas entretido com a mesma coisa.

O mais novo anda viciado em jogos: dominó e cartas são o seu forte! Ganha quase sempre mas está sempre a pedir que quer perder. Tem as perguntas mais hilariantes do mundo. É super alegre! Não se entretem com a mesma coisa por muito tempo. Adora que cantem com ele e que lhe leiam livros. É viciado em tudo o que envolva carros. Desde os 2 anos que sabe todas as marcas. O seu passatempo preferido é pedir aos visitantes que lhes emprestem as chaves do carro. 

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