quinta-feira, 28 de março de 2013

Flores raras e banalíssimas


Quem chega ao Rio de Janeiro e vê o fabuloso Parque do Flamengo não saberá, na sua maioria, que foi uma mulher que o idealizou. Lota de Macedo Soares foi a responsável pela construção do Parque do Flamengo. Uma mulher discreta, tímida, avançada para a época, cultíssima e vanguardista. Estudou muita coisa mas não recebeu qualquer diploma. Por esse motivo foi muito criticada, na época, por não ter uma formação académica formal e por ter sido amiga do então governador Carlos Lacerda. Em Samambaia, perto de Petrópolis, idealizou também uma casa com 4 elementos chave: cimento, vidro, metal e pedra. A rigidez do metal, a fragilidade do vidro, o brilho e a rugosidade das pedras do rio coexistiam numa harmonia perfeita. Esta casa simboliza a paixão de Lota pela arquitectura moderna.
O seu nome está essencialmente ligado à escritora americana Elizabeth Bishop com quem viveu mais de uma década. Bishop é uma das maiores poetisas americanas, vencedora de alguns dos mais importantes prémios literários, incluíndo o prémio Pulitzer.  Bishop aparece descrita no livro como “ uma senhora de cabelos brancos e olhos tristes”.  Teve uma infância infeliz. O pai morreu quando ainda era criança e a mãe morreu internada num hospital psiquiátrico. Era asmática e alcoólica, “...quando começava a beber não conseguia parar. Bebia até ficar inconsciente”.
Ocorreu-me agora falar do filme “Flores Raras”, cujo argumento se baseia no livro “Flores Raras e banalíssimas” de Carmen L. Oliveira que li há muitos anos, e por causa do filme, reli há pouco.
As críticas dizem que este filme de Bruno Barreto ficou entre os preferidos do público no Festival de Berlim. Foi também seleccionado para o Festival de Tribeca a realizar-se em NY entre 17 e 28 de Abril. A não perder!
Um dos livros de Elizabeth Bishop começa com a dedicatória a Lota de Macedo Soares:
“...O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que quanto mais vos pago, mais vos devo”

                                                           Camões

quarta-feira, 27 de março de 2013

A hipocrisia dos alemães


Quando as tropas norte-americanas libertaram os campos de extermínio nas áreas conquistadas às tropas nazis, o general Eisenhower ordenou que as populações civis alemãs das povoações vizinhas fossem obrigadas a visitá-los. Tudo ficou documentado. Vemos civis a vomitarem. Caras chocadas e aturdidas, perante os cadáveres esqueléticos dos judeus que estavam na fila para uma incineração interrompida. A capacidade dos seres humanos se enganarem a si próprios, no plano moral, é quase tão infinita como a capacidade dos ignorantes viverem alegremente nas suas cavernas povoadas de ilusões e preconceitos. O povo alemão assistiu ao desaparecimento dos seus 600 mil judeus sem dar por isso. Viu desaparecerem os médicos, os advogados, os professores, os músicos, os cineastas, os banqueiros, os comerciantes, os cientistas, viu a hemorragia da autêntica aristocracia intelectual da Alemanha. Mas em 1945, perante as cinzas e os esqueletos dos antigos vizinhos, ficaram chocados e surpreendidos...”

Viriato Soromenho Marques in DN

terça-feira, 26 de março de 2013

Os 60 anos da minha mãe


No dia 2 a minha mãe fez 60 anos! Coincidentemente foi a um sábado. Não podia passae com ligeireza. Há sempre festa mas este ano tinha que ser especial. A ideia foi do meu pai. Várias ideias, várias sugestões, que chegou ao lapidar da solução final. Faríamos uma festa surpresa na casa dos meus pais. E assim foi. O meu pai tirou a minha mãe de casa e levaram o meu sobrinho mais novo. Mal sairam eu e o meu irmão contamos ao meu sobrinho mais velho que iríamos fazer uma surpresa para a avó! Delirou! Ajudou a organizar a mesa, os lugares, quis fazer um desenho para dar à avó, colocou uma vela/carro do Mcqueen num dos bolos, a cada toque do telefone e da campaínha começava a saltitar... Fizemos umas saladas, cortamos presunto, vários tipos de pães e broas, quiche, e fizemos arroz. O meu pai comprou um leitão inteiro. Quando a minha mãe chegou já estava uma das minhas tias e o meu tio (afilhado da minha mãe) com as respectivas famílias. Depois chegou outra das minhas tias e a minha mãe, ainda sem perceber a surpresa disse-lhe: “Agora também ficas cá para jantar”. E passados uns minutos chega a outra irmã da minha mãe (emprestada, como elas dizem). A minha mãe, tal como os meus sobrinhos, delirou! Nem estava nela! Não desconfiou de nada! E depois ainda apareceram o M&M&M&F! Mas essa foi surpresa para todos!


P.S. Quando pedi ao meu sobrinho mais velho que fotografasse o bolo foi isto que consegui!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Regresso da Grande Maçã


Chego ao aeroporto e percebo logo que estou quase em Portugal. Os portugueses conhecem-se ao longe. Sou a primeira a chegar á fila do check in. Chegam outros depois de mim e colocam-se à minha frente. Paguei para ver o que faziam quando abrissem o check in. Falta total de vergonha na cara à qual respondi: "Os portugueses e espanhois conhecem-se ao longe sem abrir a boca. Têm sempre a mania que são mais espertos! Não sabem o que é uma fila?”.  E ainda tiveram a lata de se ir! Realmente, a educação deve ser para os parvos! Já no Porto, va eu sou explendorosamente bem recebida por uma senhora no balcão de informação, cuja função era dar informações, esperava eu com bons modos. A crise, infelizmente não fez as pessoas repensarem a sua atitude e agradecerem diariamente serem priviligiados por terem um emprego! Sou mandada parar na alfândega, como sempre. Mas o senhor, este sim, foi super simpático. Bons modos, educado, foi a ele que perguntei onde existiam multibancos e foi ele que com toda a simpatia me mostrou. Fiquei a saber em poucos minutos que nenhuma das caixas multibanco tinham dinheiro. Chegada à civilização!

terça-feira, 19 de março de 2013

Óscares 2013


Melhor Filme
·         Argo
·         Lincoln
·         Zero Dark Thirty
·         Les Misérables
·         Silver Linings Playbook
·         Life of Pi
·         Django Unchained
·         Amour
·         Beasts of the Southern Wild
Melhor Realizador
·         Steven Spielberg por Lincoln
·         Ang Lee por Life of Pi
·         David O. Russell por Silver Linings Playbook
·         Michael Haneke por Amour
·         Benh Zeitlin por Beasts of the Southern Wild
Melhor Ator
·         Daniel Day-Lewis em Lincoln
·         Joaquin Phoenix em The Master
·         Bradley Cooper em Silver Linings Playbook
·         Hugh Jackman em Les Misérables
·         Denzel Washington em Flight
Melhor Actriz
·         Jessica Chastain em Zero Dark Thirty
·         Jennifer Lawrence em Silver Linings Playbook
·         Emmanuelle Riva em Amour
·         Naomi Watts em The Impossible
·         Quvenzhané Wallis em Beasts of the Southern Wild
Melhor Actor Secundário
·         Philip Seymour Hoffman em The Master
·         Tommy Lee Jones em Lincoln
·         Alan Arkin em Argo
·         Robert De Niro em Silver Linings Playbook
·         Christoph Waltz em Django Unchained
Melhor Actriz Secundária
·         Anne Hathaway em Les Misérables
·         Sally Field em Lincoln
·         Amy Adams em The Master
·         Helen Hunt em The Sessions
·         Jacki Weaver em Silver Linings Playbook
Melhor Argumento Original
·         Zero Dark Thirty
·         Flight
·         Django Unchained
·         Moonrise Kingdom
·         Amour
Melhor Argumento Adaptado
·         Lincoln
·         Argo
·         Silver Linings Playbook
·         Beasts of the Southern Wild
·         Life of Pi
Melhor Canção Original
·         "Skyfall", de Skyfall
·         "Suddenly", de Les Misérables
·         "Before My Time", de Chasing Ice
·         "Everybody Needs a Best Friend", de Ted
·         "Pi's Lullaby", de Life of Pi

Dia 10 na Grande Maçã

Brunch na Brasserie 8 ½ na 57 entre a 5ª e a 6ª Av. Sugestão minha. Numa pesquisa para um pequeno-almoço buffet ou chá no Plaza encontrei as reviews para este restaurante. Este é um dos poucos que faz um brunch buffet em NY. Senti-me como num dos barcos de cruzeiro americanos que visitei há anos. Era “all you can eat” com bebidas excluídas. O preço fixo era $42/ pessoa excluindo as gorjetas e as taxas. Buffet farto e cuidado. Numa primeira estação tinha bagels, todo o tipo de folhados, croissants, muffins...Faltava o tão europeu pão!!! Não havia uma qualidade sequer. O americano não sabe o prazer do pão com manteiga!! A chef Luisinha dizia-nos ao jantar que se não comesse pão com manteiga era mais magra do que eu! Sabe do que fala! Os queijos e fiambres eram quase inexistentes, no entanto, abundava a mozzarella, salmão fumado e camarões cozidos. A outra estação eram os pratos quentes: eggs benedict, batatas, salsichas, bacon, panquecas, waffles,paelha... A outra estação preparava no momento todo o tipo de omoletes, ovos estrelados, ovos mexidos com os acompanhamentos que quisessemos. Ao lado estavam as saladas de tudo e mais alguma coisa, de todo o tipo e variadas e massas frias. A última estação, que nem visitei, eram as sobremesas. Pedimos café e pela ausência da tão famosa pergunta se queríamos mais, começamos a achar que não havia refill. Até que a pessoa que nos estava a servir começa a perguntar se queríamos mais e eu nem o deixei terminar...
Sabem como se distingue um americano de um europeu à mesa:? O americano não usa a faca e o garfo. Só usa a faca para cortar qualquer coisa e o resto do tempo usa o garfo na mão direita e a mão esquerda pousada nas pernas como se tivesse sofrido um AVC.
O resto da tarde fomos a pé daqui até à 34 e no fim do dia fomos para a casa da família D. Ver a noite dos óscares que terminou com a sessão a ser projectada numa das paredes. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Dia 9 na Grande Maçã

Sábado de chuva. Ainda não tinha comido patinho e porque chovia não fui ao Columbia Cottage mas ao Ollie’s. 
Roast duck @ Ollie's
Apanhei um táxi e fui para o Whitney. Foi a primeira vez que visitei este museu e vale muito a pena. Brevemente mudará as instalações para West Village bem perto do rio, as obras avançam velozmente.O museu não me decepcionou. Comecei pelo 5º andar e fui descendo. “American legends: from Calder to O’Keeffe” era uma das melhores exposições. Conheci coisas do Calder que não fazia ideias, como por exemplo, as suas obras com arame, para além dos tão afamados mobiles. É talvez o museu que vi com mais obras dele. Fiquei a conhecer a obra da Georgia O’Keeffe, que conhecia vagamente. Mas o que adorei foi a exposição do Edward Hopper, a maior de todas que vi deste artista. Vi um Roy Lichtenstein “Bathroom” e o projecto do novo Whitney que será em West Village, mais precisamente na West Village street , junto ao rio Hudson. Depois de mais de 30 minutos à chuva, consegui apanhar um táxi, depois de ter estado na Madison e depois na Park Avenue.


Whitney Museum of American Art
"Summer Days" - Georgia O'Keeffe (Copyright: Whitney Museum of American Artt
"Bathroom" - Roy Lichtenstein (Copyright: Whitney Museum of American Art)
"Electric chair"-Andy Warhol(Copyright: Whitney Museum of American Art)
"Early sunday morning" - Edward Hopper (Copyright Whitney Museum of American Art)
"A woman in the sun" - Edward Hopper (Copyright Whitney Museum of American Art)

Marquei às 7 no Johnny’s Bar em West Village com o A. e a C. antes de irmos jantar às 10 no LOURO. Bar cheio. Muitas histórias temos neste bar mítico. Perto das 10 lá seguimos para o LOURO. Restaurante novo com influência portuguesa. Com os cumprimentos do chef fomos presenteados com uma espécie de pastéis de bacalhau e camarões com piri-piri. De destacar que o pão quente com uma manteiga de banha era de chorar por mais. O dono e chef é um luso descendente com pais de perto de Leiria que já não visita Portugal há 10 anos. Escolhemos apenas os pratos principais e o vinho. Como estávamos com a chef Luisinha, tivemos a honra de falar com o Chef David Santos que nos disse que a pessoa que anotou os nossos pedidos estava curioso porque é que quase todos tínhamos escolhido tamboril!! O último miminho foi um porto da Quinta do Noval! Vale a pena a visita pelo espaço e pela qualidade da comida! Amena cavaqueira até às tantas da noite.




Piri piri shrimp
American red snapper
Monkfish
Spanish Mackrel






Dia 8 na Grande Maçã (Parte II)


Fui jantar ao City Sandwich. Escolhi “Henrique” (alheira, mozzarella, couve, tomate e cebola). Jantei cedo porque às 8 tinha bilhetes para a peça “Cat on a hot tin roof” do Tennessee Williams com a Scarlett  Johansson. Gostei mas não posso dizer que foi extraordinário. Falarei com mais detalhe noutro post. Acabei na JM num deli perto do teatro a falar da vida.







terça-feira, 12 de março de 2013

Dia 8 na Grande Maçã

Compras em Chelsea e depois segui para Union Square onde era o “Factory” do Andy Warhol. Uma mistura de estúdio com local onde tudo podia acontecer. Nas festas que aconteciam lá todos queriam entrar mas poucos eram os que conseguiam. Hoje, desses tempos, sobra apenas o parque e a estátua intemporal prateada do Warhol. Não sei se é porque tenho mais tempo e mais disponibilidade para prestar atenção mas acho que NY está com mais sem-abrigo. Já não reconheço os mendigos que habitam a paragem do 1 na 168... nem os da 116...No entanto, não pude deixar de reparar que os novos habitantes dos bancos, são muito jovens. Hoje duas das pessoas que esperavam pelo metro junto a mim eram dois viciados ou doentes mentais. Não consegui distinguir. Um imitava vozes de desenhos animados e inventava diálogos e diferentes vozes entre elas. O outro, era mais velho, e tinha apenas um dente no maxilar superior. Ria-se muito. Estava num monólogo mas que para ele deveria ser um diálogo. Numa altura em que discute tanto o estado social em Portugal, faz-nos bem sair da nossa realidade e perceber como o mundo é bastante mais injusto que o nosso país. Em NY as pessoas são invisíveis. Aqui nada é de graça! Um destes dias uma pessoa gritava no metro enquanto apelava à caridade das outras: “Do not lose your apartment”. Um desempregado aqui cai de repente na miséria. Não existe estado social que lhe valha. Não tem qualquer tipo de subsídio.  Estou sentada no Whole Foods de Union Square a olhar para azáfama de pessoas e carros que se confundem. Vou à Barnes &Noble, um edifício de vários andares, lindo. Procuro uma cadeira para me sentar mas nada. Há 6 meses atrás era possível sentar no chão. Agora por razões de segurança, já não. Passo em frente à New York Film Academy em direcção à Strand. Impossível não me perder... mas como nõ imagino como vou levar o que já acumulo... limito-me a 3 livros...





segunda-feira, 11 de março de 2013

Dia 6 e 7 na Grande Maçã


Um destes dias à noite, à ida para casa do F., depois da ópera, fomos a uma capela no Columbia Medical Center que está fechada para obras. É enorme, mais parece uma igreja, embora seja sem religião. Estava cheia de pó das obras e tinha um piano que o F. já experimentara. Fomos para lá. Parecia daqueles filmes de suspense, meia-luz, silêncio total, ecos, parecia que a qualquer momento alguém haveria de entrar...Cena mesmo de filme. O F. a tocar piano, uma capela fechada, no silêncio absoluto, que para lá da porta eram os corredores do hospital...Depois subimos ao coro, iluminados pela luz do tlm do F., onde estava um orgão estragado mas q o F. conseguiu tirar algum som. E depois... tocou duas vezes os sinos!!!! Quando os ouvi tocar lembrei-me imediatamente da paranóia do meu sobrinho mais velho pelos sinos (que depois contagiou o mais novo). Durante algum tempo achei que eles tinham um problema. Mal o mais novo andava e falava mas era vê-los a discutir sinos, principalmente de Braga, tons e cores. Coleccionavam todo o tipo de sinos. Inclusive os meus pais trouxeram de NY e Washington umas pequenas réplicas. Até têm sinos com galos de Barcelos! Existem uns vídeos do mais novo, que mal se equilibra das pernas, mas que já domina o tom dos sinos “tim-tão, tim-tão”!!! O mais velhos, outra vez, comeu todos os sinos de chocolate existentes na árvore de Natal e deixou lá os papéis. Agora o vício é outro: tudo o que tenha Cars 2! E parece que é uma moda mundial. Na FAO Schwartz e Toys’r’us era ver pais, avós e crianças, todos à procura do mesmo.
Estes dois dias foam também dedicados às compras. Sentada num Pret à Manger perto do WTC avisto o já mais alto edifício de NY. Não pára de crescer. Em frente tenho um “buraco” entre prédios revestido pelos nomes de muitas cidades do mundo.



No dia seguinte mais compras. Uma ida a West Village, outro mundo. Almoço no Fish. Seis ostras, um copo de Merlot e uma sopa de peixe. Vou arrefecer para a montra exterior da Book Book, onde se encontram verdadeiras pechinchas. Uma livraria pequena na Bleecker street que era conhecida como “Biography Bookshop”. Quando a cara e as mãos já não aguentam entra-se e encontra-se outras tantas perdições. Por cada livro que se compra colocam um marcador. Sigo pela Bleecker em direcção à W 11th street. Entro na Bookmarc onde se encontra sempre excelentes livros de arte, mesmo em frente tem uma Magnolia, que hoje pela hora ou por ser dia de semana não tem fila de turistas. Mesmo ao lado entro na Marc Jacobs e invisto na prenda da minha afilhada. Como não podia deixar de ser, vou ao 11thstreet Cafe. Tem excelentes omeletes de cebola e coentros e tem wireless. Passei muitas horas a escrever aqui e só boas memórias. Uma passagem rápida por Times Square, entra-se num Starbucks para aquecer... Segue-se para jantar ramen na Broadway com a 125, perto do Main Campus de Columbia, Jin Ramen Noodle Bar. Que bom! Sake é que não é comigo, nem quente nem frio!









domingo, 10 de março de 2013

Dia 5 na Grande Maçã


Estava a chover e estes dias em NY pedem locais fechados. Nada melhor que os museus. Quentes e secos! Escolhi o Metropolitan. Já não me lembro das vezes que fui lá. A maioria delas nunca foi muito demorada, com a excepção da vez que fui com os meus pais. Como eu costumo dizer é demasiada informação para se assimilar. A fachada está em obras mas não havia qualquer fila. Era início da tarde. Estive apenas poucos minutos para guardar a mochila e segui para a bilheteira. Os estudantes de Columbia não pagam, arrisquei a minha sorte a apresentar o meu cartão, apesar de saber que aqui paga-se apenas o que se quiser. Ela pergunta-me: “Are you student?” e eu respondi “No, I’m staff” e ela outra vez “you look so young” e estendeu-me imediatamente o bilhete e para agradecer o elogio ao virar costas disse: “Thanks, I Know but I’m 33!”. Nestas coisas nunca percebo se é um elogio inocente ou uma “cantada”...
Não me demorei muito no Metropolitan. Fui ver a exposição temporária do Matisse. Desculpem-me os fãs mas não morro de amores...Mas ganhei o meu dia quando ia a passar numa das salas vejo um dos quadros que sempre quis ver e que nem sabia que estava lá: “Gertrude Stein” do Picasso. Fiquei a saber que este foi o primeiro Picasso a entrar para a colecção do Metropolitan, oferecido pela própria Gertrude Stein em 1949. Saí e fui almoçar (já eram quase 5) ao Shake Shack ali mesmo em Upper East Side, na 86 entre a Lexington e a 3ª. Desde que fiz o pedido até me chamarem passaram mais de 20 minutos. Não achei nada de especial, sinceramente. Depois queria ir à loja da New York Public Library em Bryant Park mas quando lá cheguei já estava fechado. Como tinha que fazer tempo lá esperei sentadinha numas mesas e segui depois para a Opera para ver o “Rigoletto”. Os nossos bilhetes eram “standing seats”. Os lugares eram excelentes no que diz respeito à vista/ proximidade para o palco. O problema era mesmo estar de pé!! Ver ópera de pé, não é para mim. Valeu-nos que no intervalo houve a possibilidade de ocuparmos lugares vazios na orquestra. A partir desta altura, adorei!
















quinta-feira, 7 de março de 2013

Jantar no Robert


O jantar no Robert, como sempre, foi fenomenal. A chef Luisinha marcou-nos mesa para as 8 junto à janela. Eu e o FMP ficamos nos melhores lugares, eu porque estava de visita e ele porque era a primeira vez. A comida, uma vez mais, estava fantástica. Com os cumprimentos da chef veio: mexilhões, folhado de brie, carpaccio de atum e parpadelle com trufas. Pratos principais escolhemos: gnocchi de ricotta, salmão, vieiras e atum à lagareiro.
O FMP esteve a contar-nos a aventura de emigrante. O filme que foi ter sido aceite numa empresa e quando chegou a NYC percebeu que a pessoa que o tinha contratado tinha sido despedida... A experiência de estar a trabalhar com chineses. A vida dele com 2 roommates, espectacular, principalmente porque um deles é um “caçador” de talentos da Broadway que faz isto há 18 anos, que só come saladas, mas que é obeso!!! Falou-nos de como ele é um ouviste generoso dos seus longos monólogos... e como teve agora um click, vai deixar NY e voltar para o Ohio. A vida aos olhos do FMP é uma comédia. Apesar de todos os precalços ele continua a rir e a fazer rir! Combinamos outro jantar num restaurante novo em West Village, Louro













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