quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Os meus amigos dizem que acredito muito

Acredito cegamente. Confio sem provas. Acredito sem ver. Confio nas pessoas. Nas suas bondades e nas suas verdades. Acredito em promessas. Acredito na justiça mesmo que ela teime em tardar. Foi um dia difícil. Não mudo uma palavra em relação a ontem. Não questiono quando acredito. Acredito e isso basta-me. Acredito na humanidade. Acredito na palavra. Acredito, pronto. Acredito, ponto. Até que se é apanhada de surpresa e o castelo desmorona como um castelo de cartas de baralho. Ou de dominó. Peça por peça. Até à última. Apanho-as uma a uma e recontruo. Uma a uma.  Até ficar de pé, outra vez. Não mata mas magoa. Sobrevive-se. Não se fica igual. Mas aprende-se. Tempo. E volta-se a acreditar como um (re)começo. Nada é um fim. Tudo é uma oportunidade. Ganha-se coragem. Arrisca-se. Um tiro no escuro. Dúvidas. Lágrimas. Incertezas. Futuros. Cenários. Conjunções. Riscos. Opiniões. Impulsos. Forças. Confrontos. Conforto. Mudanças. Talentos. Justiças. Sinais. Dons. (Re)começar. De novo, de novo, de novo, de novo. Até ao fim. Apenas final. Quando a morte chegar. Nunca é tarde para mudar. Nunca é tarde para (re)começar.

Sou uma crente por definição. Sem razão.

No dia que deixar de acreditar prefiro morrer.

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