Não vou fazer a crítica do filme. Primeiro porque as críticas ficam sempre aquém dos filmes e segundo, como diz António Lobo Antunes: "os maus escritores é que acabam a escrever críticas". No entanto, quero deixar aqui a recomendação. Adoro Tarantino. “Pulp Fiction” é um dos meus filmes
favoritos. O humor negro dele, os excessos, tudo é exagerado e kitch. Este
filme dá para rir alto. Aquelas cenas da cara tapada são hilariantes e fazem
doer a barriga de tanto rir. A banda sonora é excelente, como em todos os
filmes do Tarantino. Christoph Waltz
tem uma merecida nomeação para o oscar, tão bem interpretado, que me apetece
rever. Este ano compete com o também fabuloso Robert De Niro em “Silver Linings
Playbook”. Não conheço os papéis dos outros nomeados mas se Christoph Waltz ganhar é mais do que merecido. Este filme vale
a pena ser visto no cinema. Samuel L. Jackson aparece quase irreconhecível,
este que é um dos actores fetiche de Tarantino. Neste filme tem um papel muito
polémico, sendo mais papista que o Papa. E como todas as histórias de
amor, tem um final feliz.
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
domingo, 20 de janeiro de 2013
Guia para um final feliz (Silver Linings Playbook)
Na sexta, já passava bastante das 10 da noite, acabada de sair do lab, sento-me no shopping a comer qualquer coisa rápida, enquanto esperava pela A. para ir à última sessão de cinema. A essa hora já quase ninguém jantava. No entanto, um olhar mais atento faz-me reparar numa jovem família. Os pais não tinham mais de 18 anos e a bebé não teria mais de 3 meses. Chegaram à mesa com os seus tabuleiros do McDonalds, o carrinho da bebé e a bebé no colo. A mãe apesar de ter sido mãe há tão pouco tempo, exibia a boa forma que só a tenra idade é capaz de manter...e o pai mostrava a parca experiência no simples colo da bebé. É isto que se percebe neste país. A natalidade está a baixar drasticamente, os pais responsáveis adiam os filhos ao limite, e a irresponsabilidade dos muitos jovens manifesta-se na sua contribuição para a natalidade. Tenho algumas amigas que estão a tentar engravidar há anos e não estão bafejadas pela sorte... e tão preparadas que elas estão. A irresponsabilidade dos mais novos levam-nos aos shoppings a horas tardias com crianças de colo que deveriam há muito estar a dormir...Nunca ninguém disse que a vida era justa...
Depois fomos à última sessão ver "Guia para um final feliz". Adorei o filme. Sempre adorei gente louca e desequilibrada . O personagem principal (Bradley Cooper) perdeu tudo: a casa, o trabalho e a mulher. Depois de apanar a mulher com outro no chuveiro, enquanto passava a música do casamento, descontrolou-se. Este episódio leva-o a ser internado numa instituição durante 8 meses e volta a viver de novo em casa dos pais. . Tem uns pais peculiares pais com uma obsessão pelos Eagles. O personagem do Robert de Niro é de rir. O argumento deste filme é brilhante. Estas são pessoas com problemas psicológicos e psiquiátricos profundos e muito a sério, não como na maior parte dos filmes em que tornam doenças mentais numa palhaçada ou que aligeiram este tipo de distúrbios. Estas personagens são palpáveis, reais, emocionalmente complexas e no fundo iguais a nós, que acabamos por ter uma afeição enorme por elas, uns bipolares, outros com DOC, outros com distúrbios sexuais. E o argumento compreende-os de um modo surpreendente e comovente, a dança da vida deles é a catarse do filme à la Tarantino. O filme tem uma velocidade alucinante. Passamos de rir desalmadamente ao choro. Três dos actores estão nomeados para os oscares. Bradley Cooper mostra neste filme o caminho crescente para a carreira que tem feito. Jennifer Lawrence, representa uma jovem viúva com uma história arrasadora e quase tão maluca como a do personagem principal. De todos os filmes nomeados que vi, o oscar de melhor actriz vai para Emmanuelle Riva ou para Jennifer Lawrence.
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