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sexta-feira, 29 de junho de 2012

As horas

Ao contrário do que acontece muitas vezes, vi primeiro o filme, e só depois li o livro. Depois de ter lido o livro acho que o filme está muito parecido. Nesse ano, a Nicole Kidman ganhou o Oscar de melhor actriz no papel de Virgínia Woolf. Não é que discorde, mas as interpretações da Meryl Streep, e principalmente, da Julianne Moore são uma lição de interpretação. É fácil gostar-se da personagem da Meryl Streep (Clarice) que sempre fez tudo direitinho na vida, que nunca ousou, que nunca pisou o risco. E é fácil odiar-se a personagem da Julianne Moore (Laura Brown). Não sei se pela interpretação da personagem já velhinha a tentar explicar o inexplicável, não consigo condenar o que ela fez: “Laura Brown, a mulher que tentou morrer e falhou, a mulher que fugiu da família, está viva quando os outros, todos os que lutaram para sobreviver na sua esteira, morreram. Ela está viva agora, depois de um cancro do fígado ter levado o seu ex-marido, depois de a sua filha ter sido morta por um condutor bêbado. Está viva depois de Richard ter saltado da janela para um leito de vidro partido”.


192 Books


Tempo é mesmo o que me falta. Mesmo dormindo poucas horas não consigo fazer tudo o que quero. NY lá fora e eu enfiada no lab. Pelo menos as coisas começaram a correr melhor. Consegui uns minutos para me sentar a uma sexta à noite e quero escrever sobre a apresentação do livro do Daniel Mendelsohn onde se falou da compilação dos poemas do grego C.P. Cavafy na 192 Books em Chelsea. 
O que me levou a esta apresentação não foi o autor do livro, nem o poeta sobre o qual escreveu, não conhecia nenhum dos dois. Fui porque na apresentação estaria também o Michael Cunningham. Sou mesmo admiradora dele. Primeiro dos livros, e mais tarde, da leitura teatral e enfática dele. Quando cheguei à 192 Books, atrasada como sempre, quase nem tinha espaço para estar espremida no meio de tanta gente. É este tipo de coisas que admiro em NY. As apresentações de livros, as livrarias independentes, as leituras, as palestras, qualquer coisa que tenha livros, está sempre lotada. Nesta apresentação em particular falou-se de C.P. Cavafy e as três pessoas que apresentaram o livro: Jonathan Galassi, Michael Cunningham e Daniel Mendelsohn (autor) leram cada um 5 poemas escolhidos por eles. Comprei o livro, que para além de pesadíssimo, foi bastante mais caro do que se comprasse na Amazon... Aqui ficam uns recuerdos:

  Da esquerda para a direira (bem lá no fundo): Jonathan Galassi, Daniel Mendelsohn e Michael Cunningham (Copyright: 192 Books)





sexta-feira, 22 de junho de 2012

THREE LIVES & COMPANY

THREE LIVES is an anachronism.
It is the shop around the corner.
A touchstone in a neighborhood.
A place with a human face and a cast of characters.
84 Charing Cross Road colored by the time and place.
A haven for people who read.

"One of the greatest bookstores on the face of the Earth. Every single person who works there is incredibly knowledgeable and well read and full of soul. You can walk in and ask anybody, really, what they've read lately and they'll tell you something - very likely something you've never heard of. [But] it's always going to be something interesting and fabulous. I go there when I'm feeling depressed and discouraged, and I always feel rejuvenated".- Michael Cunningham.

Como é possível eu ainda não conhecer esta livraria, esse "santuário", e para Michael Cunningham, como descreve nos agradecimentos do livro "As horas", o centro do universo civilizado. Daqui a umas horas vou conhecer. E só podia ser onde?! West Village!!



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Michael Cunningham



Na vida há alguns momentos de sorte. Este foi um deles. Na semana passada depois de não conseguir bilhetes para ver uma conversa com o Woody Allen, acabei por saber que o Michael Cunningham ia fazer uma leitura no The Center for Fiction. Eu nem sabia onde era nem quanto se pagava. Na sexta enviei um email para saber mais informações e, como ontem foi feriado, recebi hoje de manhã um email: "We look forward to seeing you tonight at 7pm for our event with Hilma Wolitzer and Michael Cunningham". Tive que ir a casa na hora do almoço para ir buscar os livros e tive que preparar o meu dia para sair do lab às 6. 

Preparei a minha viagem de metro e teria apenas que mudar na 59 para o B ou D. Saio na 59 e entro no primeiro metro que vejo.... onde fui parar? À 42!!! Já atrasadíssima apanho um táxi. Cheguei ao evento a tempo, ainda não tinham começado. Eu estava de pé e uma senhora muito simpática disse-me que havia lugares vagos (que eu já tinha visto mas que não fui porque ia ficar esmagada no meio de pessoas obesas). Não tive como dizer que não à senhora e lá fui eu ser esmagada. O evento começou. Nunca pensei que o Michael Cunningham fosse uma pessoa tão divertida e simpática. Fez uma leitura de uma parte do livro novo que está a escrever. A leitura dele foi magnífica, muito teatral. Depois seguiu-se a parte de perguntas que foi a melhor. Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrever o Michael Cunningham era: simpático. Assinou-me os 4 livros em inglês que tenho cá e despediu-se porque ainda tinha que ir jantar e amanhã dava aulas...

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