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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Filadélfia


Já aqui falei de várias pessoas que me salvaram a vida. A melhor homenagem que lhes podemos prestar é nunca esquece-las em qualquer circunstância. Hoje chegou a vez de falar de mais uma. No meu último regresso a Houston, onde voltei para terminar experiências, passados uns dias foi “varrido” pelo Ike. Mas antes disso, eu já tinha planeado há muito a minha ida a Filadélfia e conhecer a cidade que eu sempre quis conhecer e que iria finalmente concretizar o desejo. Em Outubro de 2008, a minha estadia nos Estados Unidos terminou entre Filadélfia e NYC. Estes últimos dias salvaram-me a vida. Eu que tinha passado 6  semanas em Houston sem luz, a dormir alternadamente entre o lab, casa de amigos e hotéis, cheguei a Filadélfia outra pessoa. Eu queria tanto regressar a casa que cheguei até a equacionar não ficar em Filadélfia e regressar directa. Mas esta minha amiga convenceu-me que eu ia cometer o erro da minha vida se não aproveitasse para conhecer Filadélfia e NY. Eu como raramente desisto de alguma coisa, “paguei para ver”.  Estes dias foram tudo e muito mais. Mudaram a minha vida e fizeram-me olhar para o futuro  com optimismo. Gostei muito da cidade. Totalmente diferente do que eu conhecia até aí. Nunca mais comi um “black cod” tão bom como lá e nunca fui a um coreano com tanta qualidade! Para não falar da ausência de impostos e dos outlets! Ah, e dos zipcars que a G. alugava! Para mim Philly não é a música do Springsteen mas a do Neil Young:

"Sometimes I think that I know
What love's all about

And when I see the light

I know I'll be all right.

….
City of brotherly love
Place I call home

Don't turn your back on me

I don't want to be alone

Love lasts forever"


E quando conheci Filadélfia, achei que foi melhor ter apenas conhecido depois de ter estado em Houston. Até aí só tinha estado em Atlanta, Memphis, Austin, Houston e Pittsburgh.














Foi também a primeira vez que conheci NY. Não sei explicar. Não foi aquela coisa de desmaiar porque a cidade é linda... Mas teve a ver com energia, não sei explicar... mas de facto, impactou-me à primeira. E eu soube ali que regressaria para ficar. Em poucos dias conheci tudo. Central Park, 5ª Avenida, Times Square, Rockfeller Center, Soho, Chinatown, Little Italy, Grand central, Nações Unidas, Ferry para Staten Island... Impressionou-me o conhecimento profundo da G. pela cidade. O trocar de metro, sabia os sítios de cor. Eu limitava-me a segui-la. O Joe’s Shanghai ficou como lugar mítico. 

Nunca me vou esquecer da minha primeira visita a NY. Logo no primeiro dia caí de amores pela cidade. É tudo nítido na minha memória, em geral bem esquecida. Naquele dia eu entrei em NYC ou NYC entrou em mim, vá lá, para sempre.




















sábado, 23 de junho de 2012

Fim de semana passado


O melhor de NYC é que raramente se repete alguma coisa. Descobrimos sempre coisas novas e lugares aos quais talvez não voltaremos. Desta vez tive a visita da S. Que chegou duas horas atrasada por causa da trovoada em Miami. Acabamos por ir jantar ao Metro Diner que foi talvez onde mais jantei no ano passado. Não sei que branca me deu mas quando fomos para pagar, quando o gerente  dá o troco, eu pego em todas as notas e moedas e saio. Mal saio do restaurante a S. pergunta-me da gorjeta e aí voltei à realidade. Não sei o que me deu mas por momentos pensei estar em Portugal e esqueci-me completamente da obrigatória gorjeta. A maioria dos turistas, principalmente europeus, discorda. Muitos deles escapam-se de dar a “aconselhada” gorjeta de 15-20% e é por isso que muitos dos restaurantes quando desconfiam que são turistas incluem na conta a gorjeta. Se me perguntarem se concordo, discordo completamente. Mas é um sistema enraizado. A maioria das pessoas que trabalha nos restaurantes ou não tem ordenado ou recebe pouquíssimo e o seu salário baseia-se na “aconselhada” gorjeta. Agora imaginem-me a não dar gorjeta e pensar que a pessoa que me serviu fica sem salário. É que aqui não tem nada a ver com Portugal, a gorjeta não é um complemento ao ordenado, é mesmo o ordenado.
No dia seguinte fomos ao Boathouse no Central Park a conselho de um conhecido da S. Antes disso passamos por Strawberry Fields que eu não conhecia e pela Bethesda Fontain. O Boathouse tem uma vista espectacular para o lago com barcos no Central Park. É um lago do Bom Jesus gigante, como disse a S. Esperamos uma hora por uma mesa. O brunch não foi dos melhores mas o lugar e a vista valem a visita e o preço. Percorremos o Central Park até Columbus Circle e fomos de Metro até Chelsea onde entramos no High Line até ao MeatPacking District. Continuamos a descer pelas ruas de West Village e paramos para um copo no White Horse Tavern onde Dylan Thomas bebeu até morrer. O objectivo era “ver o ambiente” no Top of the Standard Hotel (o antigo Boom Boom Room) famoso pela melhor vista de de NY, tudo em vidro, inclusive as casas de banho. Mas como não atinei com o hotel, decidimos ficar na esplanada do White Horse Tavern. E grande escolha, segundo a S., que acabou por ver a Julianne Moore e a filha. Pequenina, magrinha e tão bonita ao vivo como na tv, de preto e com uns óculos Ray-Ban iguais aos meus! Continuamos a descer em direcção à Freedom Tower, passamos por Chinatown e por Tribeca e paramos numa trattoria italiana para um aperitivo. Acabamos a comer uma salada e mais copos de vinho. O objectivo era ver o pôr-do-sol em Battery Park. Ainda chegamos a tempo e tivemos a ideia de atravessar o Ferry até Staten Island porque a S. Nunca tinha andado e eu nunca o tinha feito ao fim da tarde/noite. Vale a pena! Depois, continuamos à beira rio até ao Pier 17 e seguimos para Chinatown onde levamos a S. ao mítico Joe’s Shanghai para provar os soup dumplings. A S. não ficou fã. Eu, por mais que lá vá, gosto cada vez mais... Seguimos para Little Italy para a sobremesa na Little Ferrara. Depois do dia inteiro a andar ainda faltava mais uma coisa: Stone Rose Lounge, aconselhado por um expert de Miami. O sítio só podia valer a pena. Lá regressamos a Columbus Circle e estavamos vestidas com a roupa que andamos todo o dia, e eu especificamente de ténis All Star. A S. deu-me a táctica infalível de colocar os óculos de ler. Ahahhaha. Entramos sem problema. Tinha uma vista espantosa sobre Columbus Circle e Central Park. Tinha um DJ com música boa, pessoas bonitas mas que não vêm à cidade só ao fim de semana, o dress code não era o típico “quanto mais mostrar melhor” nem os tacões (que a maioria não sabe equilibrar-se com classe neles). Os cocktails eram bons e fortes, pelo menos os que experimentamos. Ao entrar no táxi de regresso a casa reparamos que duas miúdas com o habitual dress code de fim de semana não conseguiram entrar... A táctica dos óculos funcionou!














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