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terça-feira, 22 de julho de 2014

Israel vs Palestina

O conflito entre Israel e a Palestina é talvez dos mais difíceis de perceber para mim. Por um lado temos um estado democrático criado depois da guerra, cujo território já tinha “dono” mas cuja “ocupação” foi apoiada pela comunidade internacional. Admiro há muito o povo judeu por tudo o que tem passado desde sempre. Da mesma forma que critico a história da perseguição dos judeus, critico quando defendem ser “o povo escolhido”. Apesar de detestar a redução do ser humano a uma raça e um credo, os judeus não pensam assim. Tenho a melhor das opiniões dos judeus no que respeita à cultura, ao trabalho e à inteligência. Três dos escritores que mais admiro são judeus: Primo Levi, Philip Roth e Richard Zimler, apesar de só dois estarem entre nós. O grande Einstein era judeu, apesar de agnóstico confesso.

As guerras e os conflitos são sempre injustos. Mesmo quando justos há sempre inocentes a lamentar. No domingo fui propositadamente a Times Square à Toys ur Us para comprar brinuqedos específicos para os meus sobrinhos. Chegada lá, fui apanhada no meio de uma manisfestação “Pro-Israel”.  Centenas de pessoas. Idosos, jovens, gente de meia-idade, crianças, bebés. Quase todos os homens tinham quipá. Havia também muitos judeus ortodoxos de caracolinho, chapéu, casaco preto comprido e barba enorme. Mas a maioria, se eu não os tivesse visto ali, não os reconheceria como uma raça específica. A maioria parecia gente informada e moderna. Por momentos pensei estar do lado Palestiniano: “Freedom to Israel”; “Stop de war”; “Israel wants peace Hamas wants terror”. Não foi Israel que decidiu invadir Gaza? Não foi Israel que matou centenas de civis no último ataque? Não é Israel que há anos tem enclausurado a Palestina. Depois falam dos atentados perpetuados pelos mais radicais do lado palestiniano. Claro que não concordo e sou absolutamente contra. Mas o que chamar aos ataques de Israel contra alvos civis? Só pelo simples facto de serem “aceites” pela comunidade internacional? Já agora, onde estão as Nações Unidas e a Nato? O que têm feito para além do enorme silêncio da vergonha?


Nunca haverá paz enquanto Israel não aceitar a Palestina como um país. Nunca haverá paz enquanto Israel continuar com o muro da vergonha que é tão mau ou pior do que o Muro de Berlim. Nunca haverá paz enquanto Israel continuar a ocupar território que supostamente era palestiniano. Não sei qual a solução. Mas, sinceramente, a abertura tem que partir do estado que se diz democrático. 















quarta-feira, 27 de março de 2013

A hipocrisia dos alemães


Quando as tropas norte-americanas libertaram os campos de extermínio nas áreas conquistadas às tropas nazis, o general Eisenhower ordenou que as populações civis alemãs das povoações vizinhas fossem obrigadas a visitá-los. Tudo ficou documentado. Vemos civis a vomitarem. Caras chocadas e aturdidas, perante os cadáveres esqueléticos dos judeus que estavam na fila para uma incineração interrompida. A capacidade dos seres humanos se enganarem a si próprios, no plano moral, é quase tão infinita como a capacidade dos ignorantes viverem alegremente nas suas cavernas povoadas de ilusões e preconceitos. O povo alemão assistiu ao desaparecimento dos seus 600 mil judeus sem dar por isso. Viu desaparecerem os médicos, os advogados, os professores, os músicos, os cineastas, os banqueiros, os comerciantes, os cientistas, viu a hemorragia da autêntica aristocracia intelectual da Alemanha. Mas em 1945, perante as cinzas e os esqueletos dos antigos vizinhos, ficaram chocados e surpreendidos...”

Viriato Soromenho Marques in DN

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