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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O que amar tem de errado?

Há 20 anos fiquei muito chocada quando um grande amigo não teve coragem de me dizer que era gay e optou por me dizer por carta. Eu sabia, sempre soube mas fiquei tristíssima por ele não ter tido coragem de me dizer olhos nos olhos e por ter demorado tanto tempo.  Eu tinha 18 anos e ele também. Essa verdade que eu sempre soubera, era e sempre foi, clara para mim. E nada mudou. A importância que dei ao tempo que demorou e a forma de me dizer relativizou-se. Tudo é tão relativo, veio o tempo a mostrar-me, depois.

Hoje, passados 20 anos, a história repete-se. Soube ontem, abertamente, por mensagem o que sempre achei que se sabia mas que nunca me disse. Mas teria que dizer? Conheço-o desde sempre. É mais velho do que eu. É a pessoa mais delicada, educada, física, amorosa, que conheço. Um doce de pessoa. Sempre com coisas bonitas para dizer. Um esteta. Tem uma biblioteca que me faz ter inveja. E uma casa linda de morrer. Tem sempre flores frescas. Estamos pouco mas quando estamos é uma alegria. Acabo de saber que tinha uma relação há 18 anos. Vividos em silêncio. Viveu aprisionado tempo demais. Viveu com as verdades que ninguém quis ver. Em segredo. Pergunta-nos se sabemos o que é calar. Esconder. Passar uma vida assim. Como se a outra pessoa não existisse. Como ninguém. Estou tão feliz por ele. Por amar abertamente. Tantas pessoas que passam pelo mundo e não sabem o que isso é. E ele permitir-se, dar-se a essa oportunidade que pode não ser repetível, é o que me faz sorrir e festejar por ele. Assumiu o seu segredo.

Decidiu chegar de novo. Começar de novo. Permitiu-se assumir o que sente. Abriu o coração. Sem pensar. Sem medo. Sentir o amor. (Apenas) para ser feliz. A vida é curta. Muito curta. Porque sonhar (só) não adianta nada.  Mas (ainda) está a tempo. Sempre a tempo. Porque o tempo não volta atrás. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

De quem são filhos os póneis?

A L. tem das histórias mais hilariantes que conheço! Sempre que me lembro delas, rio até às lágrimas. A minha predilecta é a história dos póneis. Já ia alta a madrugada e a L. começou com as suas profundas questões filosóficas: "Ó C...... vou perguntar-te uma coisa mas não te podes rir...Os póneis são fihos de quem?". Apesar de sermos as duas biólogas de formação, as espécies animais, e eu acrescentaria no meu caso, as plantas, não são o nosso forte... Como eu a entendo bem... mas na realidade a L. deveria estar a questionar-se de quem são filhos as mulas... Essas sim são o resultado estéril do cruzamento entre um cavalo e burra.

A minha história, não sei se vou ser repetitiva, mas perdoem-me os que já a conhecem passou-se comigo em San Diego numa visita ao Sea World em que vi um espectáculo (não sabia eu de quê) com uma "baleia branca ceguinha" que fazia "puf puf"... que afinal era uma... orca!

A mais recente questão filosófica chegou-me hoje: "Quem é o marido da foca?". O quê? Marido da Foca? As focas e todos os animais irracionais não se casam... mas adiante... o macho da foca é quem? É o cavalo-marinho!!!! Descontrolei-me a rir! Nada melhor que terminar assim o dia!!! "Eu vivo a sorrir".

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