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domingo, 6 de julho de 2014

Fim de semana de 4 de Julho

7 de julho. Starbucks da Broadway com a 103. Coração do Upper West Side. Starbucks cheio. Sentei-me numa cadeira, ainda sem mesa, a ler. Quando vagou uma meda, apoderei-me. Dezenas do que parecem ser estudantes intelectuais com o seu Mac. Acabou de chegar um senhor. Barba por fazer. Óculos retro, na moda. Calções todos sujos. Unhas grandes. MacAir todo sujo. Parece-me escritor. É muito míope. Sentou-se na minha mesa, nem me pediu.  

Ontem almoço num restaurante japonês, Sushi Yasaka, na 72. Andamos a pé até ao Lincoln Center. Enfiei-me na confusão dos saldos do 4 de julho na Macy’s. Já não podia ouvir crianças a chorar nem ver filas para pagar. Ao fim da tarde fui para o lab. Estive lá umas duas horas e meia. Tínhamos combinado ir jantar a um indiano em Bryant Park. Não consegui acabar a horas. Resolvemos outra coisa. Jantamos no que eu adoro, no Jin. Ramen. Fomos depois ao Empire Hotel no Lincoln Center. Diziam que era ver as vistas. Fosse isso que valesse a pena. Uma fila enorme para entrar que pelo tipo de pessoas que tinha já era um pronúncio do que nos esperava. A entrada foi $20 para cada homem, sem direito a bebidas. No rooftop, nada de especial. Pessoa desinteressantes. Música péssima. Vista fraca. Bebidas caras. DJ inqualificável. Bebi uma margarita que custou $16 fora a gorjeta. As do Cubby Hole a $2 são muito melhores. Como estava cheia de sede, bebi uma Stella. A música era um pavor. A passagem de umas músicas para as outras nunca ouvi pior. Se algum dia vos falarem no Empire Hotel, por favor, risquem do mapa.  Nada vale a pena, mesmo. E eu até nem sou muito exigente.







Hoje, brunch em casa. A C. fez waffles maravilhosos. Ovos mexidos. Presunto de Parma fatiado como fiambre. Fiambre. Salmão fumado. Queijo da ilha. Morangos. Melancia. Smoothies. Sumo de laranja. Café. Leite. Cerejas. Focaccia. Bagels. Cheese cream. Maravilhoso! Sexta a meio da tarde. Queria ter ido à Strand, acabei a andar a pé da 116 à 103. Passagem rápida na Book Culture para investir em mais 3 livros. Desta vez, não do Philip Roth, mas em cartas da Elizabeth Bishop para The New Yorker, um do Paul Auster e outro sobre NYC.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O Starbucks (I)


O Starbucks, antes de viver cá, era para mim um lugar de peregrinação. Era viciada, ao chegar aos Estados Unidos, em pedir “medium decaf latte”. Percebi com a experiência e com os anos vividos cá, deste lado do oceano, que não é o melhor da sua área, na minha opinião. Mas desde sempre a minha opinião foi imutável no que respeita ao conceito democrático deste café. É um sítio onde as pessoas podem ficar o dia todo, protegerem-se do frio/calor, permanecer sem consumir e até usar a casa de banho sem ser cliente. Desde o ano passado, em que me mudei para NY no inverno, passei a respeitar ainda mais o Starbucks. Passei inúmeras horas no Starbucks da 110 com a Broadway. Este ano, por razões bem diferentes volta a ser o meu local de eleição, depois do trabalho e aos fins de semana, enquanto não tenho internet em casa. Hoje está uma noite amena para os parâmetros do inverno de NY, e por isso, o Starbucks da 110 está com muitos lugares vagos. Se estivesse muito frio estaria a abarrotar, sobretudo com pessoas que não têm casa. Fiquei comovida no ano passado quando num dos dias de muito frio vi os sofás e as cadeiras ocupados por pessoas que viviam na rua. E ninguém os mandava embora. É isto que gosto no Starbucks: tribos tão diferentes. E depois é observar a solidão tão entranhada de NY. Pessoas que estão aqui para não estar sozinhas em casa. Depois há os estudantes e os intelectuais que podem passar aqui o dia inteiro. Vê-se também pessoas a jogar cartas. E eu gosto particularmente deste porque é maior, tem muito menos gente do que o Starbucks da 116 (que é mesmo ao lado de minha casa) e porque posso andar a pé.

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