Aconselhada no hotel, vim parar à Tasca Torta. Meia dúzia de
mesas é o tamanho do restaurante. Quem nos recebe é um senhor de óculos com um
humor peculiar. É-me dada a ementa. Olho em volta e os pratos têm todos óptimo
aspecto. Pergunto por sugestões e nada me é aconselhado. Depende do meu gosto. Começamos
pelo vinho. O antigo Vinha da Defesa que
agora é apenas Defesa. Branco.
Escolho uma entrada. Vieiras em cama de legumes. Enquanto espero, colocam-me
copo e garrafa na mesa. E água, sem pedir. Aproveito e saio para fumar um
cigarro, do prazer, não de viciada. Regresso e colocam-me as vieiras na mesa,
como na foto. Simples. Rúcula, courgette e umas pitadas de sal. Já vou em 2 copos de branco. Segue-se a
espetada de frango com farinheira. E colocam-me um copo, que provo, e é vinho
do porto LVD 10 anos Offley. O prato
principal é uma experiência sensorial. A espetada, com pimento vermelho,
cogumelos e frango acompanhada de um arroz de grelos/ espinafres e uma salada de alface, rúcula, tomate cherry
e cebola com um molho de mel. Meu Deus! O vinho agora muda para tinto: Cabeça de Toiro. Comer, beber livros e
viajar! É isto que levamos da vida. Eu, pelo menos. A sobremesa entre o melhor
chocolate do mundo, que conheço tão bem de NY, e uma mousse de pêra rocha com
raspas de chocolate, massa filo eum molho de frutos vermelhos. A escolha é a
última. Pouco doce. Nada enjoativo. Mesmo cheia, consegue ser a cereja no topo
do bolo. Quem passar por Óbidos, não se esqueça de passar por aqui.Quem gostar
de um humor judeu, quem está atrás do balcão, é do melhor que há.
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