quinta-feira, 31 de maio de 2012

Washington DC


Washington DC era outro dos posts que deveria ter há muito publicado. Tinha muita curiosidade em conhecer esta cidade que foi construída propositadamente para ser a capital dos Estados Unidos. Estava particularmente interessada em conhecer a arquitectura e ver como funcionava esta capital planeada para terminar com a disputa entre Filadélfia e Nova Iorque. Conheço outra capital assim: Canberra, que na minha opinião, é bastante menos interessante e despida. Não conheço Brasília que foi planeada pelo Oscar Niemeyer e tem dos mais fabulosos edifícios por metro quadrado. Washington DC vale a visita. São apenas 4 horas de NYC de autocarro e em poucas horas encontra-se uma cidade completamente diferente. É uma cidade relativamente pequena, quase tudo, o que há de mais importante para se visitar fica entre o capitólio e o Lincoln Memorial. Tudo se encontra numa linha recta de quase 3 kms e é um magnífico passeio para se fazer na primavera. O que vi: Capitólio, Jardim Botânico, Washington Monument, White House. Entrei rapidamente no  Air and Space Museum. A entrada em todos os museus é grátis, pena que fechem todos às 5:30... Aquele jardim que se estende do Washington Monument quase até ao Capitólio é um convite imperdível à sesta. Se não fosse a vontade do meu pai ir a Washington, teria perdido esta cidade tão perto de NY e que eu acho que vale a pena o passeio. 
















"A moveable feast"

"...As I ate the oysters with their strong taste of the sea and their faint metallic taste that the cold white wine washed away, leaving only the sea taste and the succulent texture, and as I drank their cold liquid from each shell and washed it down with the crisp taste of the wine, I lost the empty feeling and began to be happy and to make plans.” 
                                                                                         
                                                         Ernest Hemingway in "A moveable feast"

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Verão em NY

Nunca pensei que NY fosse tão quente no Verão. No ano passado estive cá até ao fim de Junho e já deu para perceber o quão insuportável era. Acho que no ano passado no final de Abril já não conseguia dormir sem ar condicionado.
Saí de Portugal há dois dias e estava um tempo ameno, chego aqui e estão 30 e tal graus. O problema não é a temperatura, é a humidade!!!! Eu que já vivi em Houston, não acho que aqui seja muito diferente. Acho que em NY as noites arrefecem em relação às temperaturas de dia, o que não acontecia em Houston, que as temperaturas eram muito semelhantes de dia e de noite. Mas depois aqui em NY o que se torna insuportável são as estações de metro. Aquilo parecem estufas. De resto, todos os edifícios têm A/C e parece que estamos na Sibéria. Eu no inverno uso roupa de verão e no verão uso roupa de inverno! Não posso andar sem meias porque os pés gelam, quando não trago um casaco uso o dia todo bata para não ter frio. Claro está, que depois estas pessoas não aguentam andar na rua e é vê-los andar com bebidas carregadas  de gelo. O que mais me impressiona são os vendedores ambulantes, aqueles que têm pequenas carrinhas que vendem comida. A vida destas pessoas não é fácil. No inverno suportam a neve e no verão este calor insuportável...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Crianças vs aviões

Há anos que ando de avião e nunca tive crianças tão mal educadas perto de mim como nestes últimos dois vôos. Toda a gente sabe que enquanto se espera numa sala de embarque o nosso olhar é quase magnético a procurar pelas crianças. Não são os bebés. Esses normalmente, não fazem birras de 7 hrs. Podem, pontualmente, estar com cólicas, mal-dispostos mas nunca horas seguidas. Nunca foram os bebés que me incomodaram nas viagens de avião. O que me incomoda e o que acho intolerável são aquelas crianças de 2-3 anos que para além de choronas, têm birras intermináveis e educações que deixam muito a desejar. A culpa não é delas, é dos pais que acham que viajam sozinhos sem ninguém à volta. Normalmente estas crianças têm determinadas características comuns: não obedecem a regras, fazem o que querem, habitualmente são crianças que deveriam falar quase correctamente mas têm linguagem de bebés de colo de tanto mimo que têm, querem tudo o que as outras crianças têm (mesmo que não seja adequado à idade), não obedecem aos pais, nunca param quietos (são hiperactivos, a nova palavra que está na moda para designar crianças com falta de regras)...No penúltimo vôo mesmo ao meu lado estavam 3 crianças com gradientes crescentes de mau comportamento. O miúdo mais bem comportado não tinha mais de 3 anos e apesar de mal-disposto esteve sempre distraído com os presentes que as hospedeiras lhe trouxeram e nunca se ouviu acima do volume normal. As outras duas crianças eram impossíveis, não tinham mais do que 2 anos mas já mandavam nos pais. As hospedeiras fizeram de tudo para que não perturbassem as outras pessoas e os pais ainda achavam que a culpa era dos outros. Eu imagino o quanto seja difícil ter uma criança bem comportada durante 8 horas. Mas este tipo de crianças são aquelas que se comportam mal mesmo fora dos aviões. Não me venham com a teoria  que lhes dá uma coisinha e que ficam assim de repente. Os pais com crianças assim deviam sentir-se, no mínimo, envergonhados por este festival. Mas não! Ainda acham que os outros é que estão errados por ouvir  berros, gritos, guinchos e afins (que não envolve linguagem e que mais parece típico dos animais). Só para dizer que o menino de 3 anos, mal o avião parou, eu olhei para trás e achei que ele estava muito pálido e a transpirar. E estava a dizer à mãe que não estava bem. Mal acaba de dizer isto e vomita a mãe. O menino, tão bem comportado, não deu um grito, não levantou a voz, não fez cenas. Após vomitar, recupera a cor e diz à mãe que já não se sente mal. Eu só imagino como teria sido o comportamento das outras duas nesta situação...
No vôo de ontem a coisa piorou muito. Duas crianças mesmo ao meu lado... Qual delas a pior... Tinham uns 3 anos e a única coisa que faziam era gritar. Mas gritar de troça. Daqueles berros irritantes de provocação. E acreditam que ninguém lhes fazia nada? Os pais não tinham mãos? Nunca nas 8 hrs vi uma sapatada, um castigo, nada. Os pais ali a ouvir os berros e só diziam para pararem... E claro que eles com o respeito que lhes tinham berravam cada vez mais. Estas crianças no futuro, não só vão berrar, vão falar alto, insultar e quem sabe bater nos pais. E estes pais bem merecem de tão totós que são. Pois, está bem, hoje em dia não se pode dar uma sapatada numa criança porque vai traumatizá-las. Pois é, fica mal dar uma sapatada mas não fica mal ter este comportamento arruaceiro em tão tenra idade e incomodar dezenas de pessoas que não podem fugir para lado nenhum.
Eu falo disto e não falo sem conhecimento de causa. Eu sempre tive mau feitio e sempre fui teimosa. Fui desde muito cedo castigada pelo meu comportamento, por ser refilona, por responder mal, para terminar as refeições.... Tenho o meu sobrinho mais novo que é assim. Desde que tem 1 ano que quando não lhe fazem o que ele quer, ou o obrigam a fazer qualquer coisa que ele não quer que: ou se atira para o chão ou inclina a cabeça a dar 3 horas. Agora que começou a comer à mesa com os adultos quer, na maioria das vezes, sair da mesa sem acabar de comer ou antes de pedir autorização. E é vê-lo ali com a cabeça de lado até toda a gente terminar. Ele não entende isso agora mas quando for mais velho vai agradecer as regras que a sociedade lhe impõe. E já disse ao meu irmão que as crianças e os aviões não combinam.

domingo, 27 de maio de 2012

Grand Central Station, Crysler Building, United Nations

É considerada a maior estação ferroviária do mundo. Mas para além da grandeza física, o que cativa e faz a fama é a arquitectura do edifício. O interior da estação central de comboios é imperdível. É uma fabulosa construção do início do século XX e um símbolo da época áurea da cidade, antes da depressão de1929. Os tectos, candeeiros, escadarias e bilheteiras são lindícimos. O tecto principal é uma gigantesca abobada rectangular pintada de azul-turquesa, com representações a tinta de ouro de todos os elementos do zodíaco e constelações. Relativamente perto fica o Crysler building e as Nações Unidas.
O Crysler building foi construído como sede da marca Crysler e para ser o edifício mais alto do mundo. É apenas um ano mais antigo do que o Empire State Building e perdeu nessa altura o título de edifício mais alto do mundo. Apesar disso ainda é considerado o edifício habitável mais alto do mundo construído em tijolos. O edifício das Nações Unidas fica no Limite do East River (tem o mesmo nome que o Rio que passa em frente à casa dos meus pais mas é um bocadinho mais famoso, lol). É um edifício espelhado em tons de azul e projectado por uma equipa que incluiu o não menos famoso arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer (responsável pelo planeamento da cidade de Brasília e de outras obras de reconhecido mérito como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói- MAC, que na minha opinião é a obra mais espectacular dele).









sexta-feira, 25 de maio de 2012

Central Park


O Central Park é o maior parque no coração de Manhattan rodeado por arranha-céus. Parece o paraíso dentro da cidade que nunca dorme. Parece outra cidade. Lá dentro encontra-se de tudo: animais, jardins, relva, lagos, pistas de corrida e para se andar de bicicleta, árvores, plantas, barcos, um zoo, restaurantes...
Na zona sul do Parque junto à 5ª Avenida com a 59 alugam-se charrettes para passear dentro do parque. Aqui pode avistar-se dois dos mais famosos e bonitos de hotéis de NY: Waldorf Astoria e o Plaza. Mais acima na 65th com a 5ª Avenida tem um zoo com macacos, pinguins e outros animais. Continuando a subir o parque e encontra-se a Alice do País das Maravilhas sentada num gigantesco cogumelo e rodeada pelos principais personagens da história de Lewis Carroll. 
Dentro do parque, entre as ruas 74 e 75, encontra-se o famoso Loeb Boat House. Este fica junto a um enorme lago, facilmente reconhecível de cenas de diferentes filmes. Aqui alugam-se barcos e bicicletas. Seguindo para norte e encontramos o castelo Belvedere na 79. A vista justifica o esforço. Na zona sul do lago fica o Bethesda Terrace, com a fonte Bethesda que é um dos ícones do parque e uma das fontes mais fotografada do mundo.
Na zona oeste junto à 72 fica o memorial a John Lennon (Strawberry Fields).











quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sempre Susan – a memoir of Susan Sontag by Sigrid Nunez


Estou a escrever este texto há meses. Demoro imenso. Começo, recomeço, apago, deixo... Decantar e repousar. O simples tão difícil... Tive contacto com a obra da Susan Sontag através das crónicas da Clara Ferreira Alves no “Expresso”. Aliás, quase todos os escritores americanos que adoro conheci-os por intermédio da Clara. Lembro-me perfeitamente de uma crónica, em particular, publicada na semana da sua morte. Isto em 2003. A partir dessa altura comecei a ler alguns livros dela. Desde que estou em NY passei a ler tudo o que encontro sobre elea, biografias, na sua maioria. Há uns anos que tudo o que leio são biografias. Nada mais actual que publicar este texto sobre Susan Sontag a poucos dias da atribuição do prémio de tradução em Língua portuguesa pela sua Fundação (Susan Sontag Foundation) no dia 1 de Junho.
Li o livro “Sempre  Susan – a memoir of Susan Sontag by Sigrid Nunez”  no ano passado.
Sigrid Nunez é autora de 6 livros com boas críticas que descreve Sontag como mentora, amiga e uma inspiração.  Em 1974, depois de ter estudado no Barnard College, estava a frequentar o MFA em Columbia University na tentativa de escrever ficção enquanto arranjou um emprego a ajudar Sontag com a correspondência. Sontag, nessa altura, vivia no último andar na 106th Street com a Riverside Drive com o filho Davied Rieff de 24 anos que estudava em Princeton mas passava a maior parte do tempo em NY. Sigrid começou a andar com David e em pouco tempo mudou-se para a casa deles. Sigrid explica que o título é italiano e que evoca o facto de toda a gente tratar e referir-se a Susan Sontag pelo primeiro nome. Mas ela não explica porque escolheu o título em italiano.
Muito pouco é explicado e descrito neste livro pequeníssimo mas ficamos a perceber o essencial de Susan Sontag. Muitas das passagens parecem lembranças que ela anotou em pequenos cartões e juntou-os sem nenhuma ordem particular.
Susan Sontag  parece ter carregado um trauma de infância pelo egoísmo da mãe pela pouca atenção que lhe dava. Era uma mãe fria, egoísta, narcisista que nunca mostrou afecto pela filha, que nunca reparou que tinha uma filha especial. É descrito também no livro Fala os ataques de asma que Susan tinha em criança e que por esse motivo mudaram-se de NY para Tucson (Arizona) depois de uma estadia breve em Miami. Fala também que Susan bebia um copo de sangue diariamente que a mãe trazia do talho. Aos 3 já lia, aos 8 lia Shakespeare, aos quinze anos o director do liceu chamou-a e disse-lhe: “a menina só está a perder tempo aqui, vamos já dar-lhe o diploma para poder ir para a universidade”. Sontag ingressou imediatamente na universidade e aos 17 casou-se. Nunca perdeu tempo.
Uma das frases de Susan Sontag mais repetia era: “I want two things: I want to work and I want to have fun”
Ela era tão “new yorker”,era tão a imagem que eu tinha das pessoas que viviam em NY: cosmopolitas, intelectuais, modernas. Na opinião de Sigrid Nunez ela era tão “New York” pela sua energia e ambição, no “poder fazer”, espírito de conseguir tudo o que queria, e na convicção do seu excepcionalismo no poder da sua própria escrita, na sua própria criação, no seu poder de renancer, nas possibilidades infindáveis de novas oportunidades. Ela considerava-se uma “beauty freak”. Ela considerava a arte superior à natureza e as cidades muito mais importantes do que os países. Não havia para ela melhor cidade do que NYC (Manhattan) que ela considerava a a capital do século XX.
Susan Sontag recusava-se a ter carteira/bolsa. Não conseguia perceber a ligação das mulheres a esse acessório. Não usava maquilhagem, pintava o cabelo mas deixava aquela madeixa branca tão característica. Usava água de colónia para homem: Dior Homme. Preocupava-se com o peso que oscilava consoante a fase de escrita em que se encontrava, que influenciava também o quanto fumava, o que significava, se fosse muito, que estava também a tomar anfetaminas. Mas adorava comer. Nunca foi adepta de exercício físico, mas adorava andar, quando o tempo começava a aquecer. Ela usava muito preto, que não era a cor que lhe ficava melhor. Achava que Virgínia Woolf era um génio. Não gostava de fazer nada sozinha. Adorava comprar cadernos, canetas e lápis. Sempre adorou viajar. Viajar, para ela, entre outras coisas, era um antídoto para a depressão.
Susan Nunez diz no livro que por causa de Susan Sontag começou a ler rápido e começou a escrever o nome em cada livro novo e que usava um lápis (nunca uma caneta ou esferográfica) para sublinhar. Susan Sontag costumava dizer que se não tivesse sido escritora teria sido médica. Sempre adorou sair (frequentou muito o Studio 54) mas gostava também de receber pessoas em casa.   Dormia muito pouco, o menos possível. Adorava cinema e opera. Quanto mais velha ficava, preferia a amizade e socializar com pessoas mais novas. E gostava também de ir a sítios e fazer coisas associadas com a juventude. Ela era muito física, gostava de ser tocada e de tocar. Era muito fácil de se conversar com ela e se ser confessional. Adorava conversar, quanto mais intimamente melhor.
Ela dizia que poderíamos saber como eram as pessoas pelos livros que liam.  Susan Nunez diz que nessa altura Susan Sontag tinha aproximadamente 6000 livros em casa. Descreve no livro que por influência de Susan começou a organizar os próprios livros por assunto e cronologicamente em vez de ordem alfabética. Susan Sontag chegava sempre atrasada aos encontros marcados e dizia sempre que por essa razão todas as pessoas deviam ter consigo livros (para passar o tempo). Só era pontual para apanhar um vôo ou para a ópera.
Foi enterrada em Paris no mesmo cemitério que Beckett.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Gravidez

Esta semana tem passado a correr. Não tenho tido tempo para estar com todas as pessoas que queria estar, não consigo mais espaço para combinar cafés, copos e/ou almoços/jantares. Hoje fui lanchar com uma amiga e como é habitual cruzei-me com várias pessoas conhecidas em Braga. Quando parámos em frente do escritório da J. para nos despedirmos vejo a SG aka "joaninha" e está grávida! (Re)conheci a S. no 2º ano do curso. Estudou no mesmo colégio que eu mas é 3 anos mais velha. Passados uns anos, ela tinha acabado de regressar a casa dos pais depois de ter tirado o curso no Porto. Começamos a sair diariamente, eu desiludida com o meu curso, ela desanimada pelo regresso a Braga... Com ela aprendi a gostar do Oscar Wilde (foi ela que me ofereceu o "De Profundis" e o "Retrato de Dorian Gray"), de Jeff Beckey e re(li) "O Principezinho". Até hoje sei de cor algumas das citações. Foi também com ela que fiquei viciada em bilhar e que passei horas no "Chave D'Ouro" e aprendi a gostar do BA e do Insólito. Nunca conheci uma pessoa que gostasse tanto de vodka limão e que bebesse tantas e ficasse tão bem! Hoje, passados alguns anos dessa boa vida voltamos a estar juntas sem nada combinado. E foi uma alegria vê-la tão alegre, com tão bom aspecto, tão gira e tão grávida do seu F. que se vai juntar a nós em Agosto!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Presidente Obama @ Barnard Commencement 2012

O Presidente Obama anunciou em Março que estaria na cerimónia dos finalistas do Barnard College. A decisão de Obama de falar em Barnard, e não em Columbia, onde ele se formou em 83, surpreendeu muita gente. O Barnard College é uma faculdade só para mulheres que não pertence mas é afiliado a Columbia e situa-se em frente ao Campus principal (Broadway com a 116). Eu moro na 115 com a Broadway. Podem imaginar o que acontece normalmente quando não vem cá o Presidente... O "festival" começou ontem. À tarde o trânsito na Broadway e as ruas até à 113 já estavam cortadas. Nunca vi tanto polícia, cães, metralhadoras, snipers, bombeiros, agentes dos serviços secretos...Cena mesmo à filme.
Menos de uma semana após o apoio ao casamento homossexual. No discurso Obama disse: “Lutem pelo vosso lugar na mesa. Ou melhor, lutem pelo vosso lugar na cabeceira da mesa”. A outra parte do discurso falou sobre os direitos das mulheres e gays nos Estados Unidos. Obama foi muito aplaudido e falou também da infância, dos exemplos que recebeu da mãe e da avó e da influência positiva que a personalidade autoconfiante da mulher exerce sobre as filhas. 
Em 2008 acompanhei muito de perto a campanha presidencial entre Hillary Clinton e Barack Obama. Não tenho problema nenhum em admitir que era uma apoiante ferverosa da Hillary. O Obama neste últimos anos não me surpreendeu como presidente. Mas depois dos anos com Bush na presidência o efeito Obama foi notório. Aprendi a gostar dele. Fala bem, é simpático, culto, progressista, moderno. Não mudou o mundo mas pelo menos os Estados Unidos voltaram a ser o país da vanguarda e das ideias progressistas. Como disse hoje no discurso "o mundo não para, não estagna, os Estados Unidos foi sempre feito de mudança". E quando Bush "mandava no mundo" como é que alguém se sentia seguro? Agora apareceu esta nódoa do Romney. Como é que algém pode votar num mormon para a presidente? Eu não costumo discutir nem a crença nem a religião das pessoas. E muito menos gosto de ridicularizar. Mas por favor, uma "religião" que aparece como uma "aparição"de Jesus a um americano a defender que todas as igrejas/religiões do mundo estão erradas... Pronto, mas deixando esta parte importante de lado, Romney parece viver há 2 séculos atrás... Vocês já ouviram o homem falar? Já ouviram o que ele defende e quais são as ideias que ele defende? É que este republicano está a anos luz do moderado John McCain. E não é que este retrógrado do Romney leva 3 pontos de avanço sobre o Obama? Mas também não sei porque me espanto. Este país foi quem elegeu democraticamente duas vezes seguida o... Bush.


















Todas as fotos foram retiradas do "Columbia Spectator"

A minha casa

Estou sem tempo para escrever e para fazer as coisas que gosto. Mas mesmo assim, no fim de semana consegui arranjar tempo para andar pelas ruas e ir às livrarias. A poucos dias de ir a Portugal, começa a saudade de deixar a minha casa e a minha cidade. Foi sempre assim, quando gosto adopto a cidade como minha. Dizem que NYC fica-nos para sempre. Como tantos outros, eu viverei para sempre em NYC. Quero muito escrever sobre tudo o que vivencio aqui e sobre os livros que leio e li aqui. Só estou a ler livros relacionados de alguma forma com NY e/ou Estados Unidos de alguma forma. Como tantas outras vezes, comecei a encher um apartamento do zero e muitas vezes os esvaziei. As únicas coisas que levo no regresso são os livros que vou comprando sempre.


Começou assim..




 E agora está assim..




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