Acredito cegamente. Confio sem provas. Acredito sem ver. Confio nas pessoas. Nas suas bondades e nas suas verdades. Acredito em promessas. Acredito na justiça mesmo que ela teime em tardar. Foi um dia difícil. Não mudo uma palavra em relação a ontem. Não questiono quando acredito. Acredito e isso basta-me. Acredito na humanidade. Acredito na palavra. Acredito, pronto. Acredito, ponto. Até que se é apanhada de surpresa e o castelo desmorona como um castelo de cartas de baralho. Ou de dominó. Peça por peça. Até à última. Apanho-as uma a uma e recontruo. Uma a uma. Até ficar de pé, outra vez. Não mata mas magoa. Sobrevive-se. Não se fica igual. Mas aprende-se. Tempo. E volta-se a acreditar como um (re)começo. Nada é um fim. Tudo é uma oportunidade. Ganha-se coragem. Arrisca-se. Um tiro no escuro. Dúvidas. Lágrimas. Incertezas. Futuros. Cenários. Conjunções. Riscos. Opiniões. Impulsos. Forças. Confrontos. Conforto. Mudanças. Talentos. Justiças. Sinais. Dons. (Re)começar. De novo, de novo, de novo, de novo. Até ao fim. Apenas final. Quando a morte chegar. Nunca é tarde para mudar. Nunca é tarde para (re)começar.
Sou uma crente por definição. Sem razão.
No dia que deixar de acreditar prefiro morrer.
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
quarta-feira, 27 de março de 2013
A hipocrisia dos alemães
“Quando as tropas norte-americanas libertaram os campos de
extermínio nas áreas conquistadas às tropas nazis, o general Eisenhower ordenou
que as populações civis alemãs das povoações vizinhas fossem obrigadas a
visitá-los. Tudo ficou documentado. Vemos civis a vomitarem. Caras chocadas e
aturdidas, perante os cadáveres esqueléticos dos judeus que estavam na fila
para uma incineração interrompida. A capacidade dos seres humanos se enganarem
a si próprios, no plano moral, é quase tão infinita como a capacidade dos
ignorantes viverem alegremente nas suas cavernas povoadas de ilusões e
preconceitos. O povo
alemão assistiu ao desaparecimento dos seus 600 mil judeus sem dar por isso.
Viu desaparecerem os médicos, os advogados, os professores, os músicos, os
cineastas, os banqueiros, os comerciantes, os cientistas, viu a hemorragia da
autêntica aristocracia intelectual da Alemanha. Mas em 1945, perante as cinzas
e os esqueletos dos antigos vizinhos, ficaram chocados e surpreendidos...”
Viriato Soromenho Marques in DN
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