Ao contrário do que acontece muitas vezes, vi primeiro o filme, e só depois li o livro. Depois de ter lido o livro acho que o filme está muito parecido. Nesse ano, a Nicole Kidman ganhou o Oscar de melhor actriz no papel de Virgínia Woolf. Não é que discorde, mas as interpretações da Meryl Streep, e principalmente, da Julianne Moore são uma lição de interpretação. É fácil gostar-se da personagem da Meryl Streep (Clarice) que sempre fez tudo direitinho na vida, que nunca ousou, que nunca pisou o risco. E é fácil odiar-se a personagem da Julianne Moore (Laura Brown). Não sei se pela interpretação da personagem já velhinha a tentar explicar o inexplicável, não consigo condenar o que ela fez: “Laura Brown, a mulher que tentou morrer e falhou, a mulher
que fugiu da família, está viva quando os outros, todos os que lutaram para
sobreviver na sua esteira, morreram. Ela está viva agora, depois de um cancro
do fígado ter levado o seu ex-marido, depois de a sua filha ter sido morta por
um condutor bêbado. Está viva depois de Richard ter saltado da janela para um
leito de vidro partido”.
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