sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Robert NYC @ Museum of Arts and Design

A primeira vez que fui ao Robert tínhamos ido jantar a um restaurante afegão em Hells Kitchen. Por insistência minha, queria ir para Columbus Circle e passar no local onde tinha sido o mítico Studio 54. Agora é (apenas) um teatro que tinha uma peça com bastante êxito em cena, com um dos actores do "Big Bang theory". Há umas semanas atrás eu tinha estado no bar lounge Stone Rose em Columbus Circle. A vista sobre o Central Park e sobre a estátua do Colombo era magnífica. A ideia era voltar lá para beber um cocktail. 

Quando passávamos no MAD, a C. perguntou porque não experimentar o Robert. Subimos e nessa noite (sábado) havia música ao vivo (piano e contrabaixo). Sentaram-nos numa mesa afastada das janelas. Eu não sou muito de cocktails, normalmente faço escolhas erradas, só bebo coisas básicas e repetitivas como vinho, gin tónico, ou whisky com água com gás. Nesse dia joguei pelo seguro e pedi um cosmopolitan. Pouco depois a C. avisa-me  que atrás de mim estava a chef Luisinha.  Eu apenas a conhecia de me cruzar com ela em eventos do Portuguese Circle, tais como no City Sandwich ou no Portugal Day. A chef Luisinha é uma senhora com uma história de vida interessantíssima. Foi enfermeira muitos anos e há 10 anos reformou-se e foi para NY aventurar-se pela sua outra paixão:  a cozinha. A chef Luisinha reconheceu-me e veio ter connosco à mesa e pouco depois colocou-nos numa mesa junto à janela. Que vista fabulosa! É mesmo uma experiência imperdível. Mas para além do ambiente fantástico, a simpatia e amabilidade de todas as pessoas que lá trabalham, o que provámos nessa noite foi de chorar por mais. A chef Luisinha foi de uma amabilidade e simpatia e presenteou-nos com uma panna cotta e bambolinis. Que noite tão bem passada, com muitas histórias, muitos risos, uma excelente vista, uma sobremesas fabulosas e com a companhia da chef Luisinha.







A experiência foi tão boa que prometemos regressar ao Robert. Combinamos que o meu jantar de despedida de NY seria lá.
No meu último dia em NY fomos jantar ao Robert, previamente combinado com a chef Luisinha. Tinhamos uma mesa à nossa espera junto à janela.  Fomos tão bem recebidos. Começamos por escolher os vinhos e cocktails. Vários tipos de pães foram colocados na mesa e manteiga (da verdadeira, coisa rara em NY).  A chef Luisinha disse-nos que nesse dia o prato especial era bacalhau e que só havia 3. Eu preferi o prato que a chef Luisinha aconselha a todas as vedetas: robalo grelhado (aka branzino). Queria perceber o que o prato tinha de tão especial. O F escolheu pato, o T. e a N. Escolheram bacalhau.  Pouco depois chegavam à mesa uns miminhos da chef Luisinha que nem tenho palavras para descrever.

Mexilhões com chouriço
Salada mista com rabanetes
Risotto de vinho com polvo cozido
 Os mexilhões estavam com um paladar tão português que eu acho que se deveu ao chouriço. Estavam de chorar por mais. O risotto de vinho tinto com polvo era uma adaptação do nosso arroz de polvo. Para os aficionados estava divinal! Provei todos os pratos e todos estavam óptimos. Mas percebi porque é que o Robert Redford e o Bono gostam tanto do robalo. O simples tão difícil. Um robalo do mar grelhado divinalmente grelhado com um pouco de refogado de tomate (que tanto me faz lembrar o da minha avó).










É um restaurante muito bonito, no 9º andar do edifício do Museum of Arts and Design, com um ambiente muito agradável e muito bom gosto, com lindas peças de design. É daqueles restaurantes que se aconselha e que as pessoas não ficarão defraudadas. É uma aposta ganha com toda a certeza. Recomendo vivamente por tudo mas principalmente porque a comida é divinal e isso não se pode fotografar, descrever ou gabar com o realismo adequado ao momento. Uma experiência gastronómica a repetir e vivamente recomendável a toda a gente que passar por NY.

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