O fim de semana
começa com todos a comermos dieta por causa do meu sobrinho mais velho que
estava com uma gastroentrite. Quando a comida é igual para todos torna-se mais
difícil dizer que não se quer comer. Já medicado não manifestou qualquer dos
sintomas durante o dia o que parecia indicar que estava a melhorar. À tarde fui
às compras com o meu afilhado (sobrinho mais novo). Passados 5 minutos de
chegarmos ao supermercado já estava a dizer que estava cansado... tempo de despachar
e sair. Mal sai fora do supermercado faz logo a observação que estão
estacionados 2 carros iguais aos do avô V. Aliás, teve a esperança que um deles
lhe pertencesse. Sabia que só veria os avós V. e A. Porque tinham ido a um
casamento. À hora de jantar estava sempre a perguntar quantas pessoas eram, e
se levavam carros (ele adora pedir as chaves do carro a toda a gente). Chegado
o padrinho do K., “cravou-o logo, para jogar a umas cartas improvisadas
enquanto o K. dava uma lição de “Cars 2” à G. Esteve a ensinar-lhe os nomes de
todos os carros!!!! Quando chegou o L., para além dos chocolates que lhes dá
sempre, mas que desta vez não puderam comer, ainda foi “cravado” para uma
observação médica aos dois pimpolhos. Aparentemente estavam os dois bem.
Felizmente, quando foram para a cama, por volta das 10, o jantar ainda não tinha
chegado à sobremesa e por isso não viram os bolos. Noite muito bem passada, com
muita conversa, muitas histórias, muitos risos, muitos ditados e muitas
gargalhadas. No dia seguinte às às 8 da manhã ouvi ao longe a criançada a tomar
o pequeno-almoço com o pai. Mais tarde, pouco passava das 10, ouço o telefone a
tocar e o mestre dos atendimentos do telefone, o meu afilhado foi desempenhar a
sua função. Era o avô V. a perguntar-lhe se queria ir a VV e ele disse que sim
mas que antes queria falar com a avó A. Depois do almoço foi dormir a sesta e
quis que fosse com ele para lhe cantar a canção do “Cuco” “para toda a gente”.
À noite soube que os dois tinham escarlatina, típico das crianças, e que eu só
conhecia a palavra da “Ciranda de bailarina” do Chico Buarque. Pouco depois opiniões
médicas asseguravam-me que não era nada de grave.
Ciranda de
bailarina
Procurando
bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem (...)
Chico
Buarque
No domingo
à noite comecei a sentir-me esquisita. De noite tive febre, acordei com febre.
Não podia ser escarlatina porque infecta principalmente crianças e não tinha
nenhum dos sintomas. Fui ao médico e diagnosticou-me infecção vírica... que é
um nome para quase tudo. Assegurou-me que hoje estaria melhor com a medicação
que me deu... Mas não... as dores de garganta com que hoje acordei eram muito
piores e a febre não tinha desaparecido... como se não bastasse, caiu-me um
dente... felizmente não é nenhum da frente! E só consegui consulta para quinta.
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