segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Wit-2nd Round


Na sexta fui ver novamente a peça “Wit”. Não resisti. Uma excelente interpretação da Cinthya Nixon. E nada mais a propósito porque ando completamente mergulhada no livro do Siddhartha Mukherjee “The Emperor of all maladies – A Biography of Cancer” e nos livros de/ e sobre Susana Sontag (também muitas vezes citada no livro por ter sido uma sobrevivente de dois cancros mas que sucumbiu no terceiro). 

A Cynthia Nixon na peça está com uma bata de hospital, um boné e descalça. A palidez, os olhos azuis e a iluminação fazem um jogo perfeito que ela parece mesmo doente. A parte final é a mais dramática, tem um final catártico tão desesperante de apetecer encolher na cadeira. Na azáfama de tentarem “ressuscitá-la” quando ela tinha escolhido “No code” e naquele desespero da enfermeira tentar explicar isso aos médicos, o final é lindo: “Vivian steps out out of the bed. She walks away from the scene, toward a little light. She is now attentive and eager, moving slowly toward the light. She takes off her cap and lets it drop. She slips off her bracelet. She loosens the ties and the top gown slides to the floor. She lets the second gown fall. The instant she is naked, and beautiful, reaching for the light – Lights out”.

Depois, podia ter entrado no metro logo ali na 50. Mas preferi andar a pé com a N. até à 34 e aí entrar no 1. Passamos pelo meio de Times Square sempre a abarrotar de gente mesmo depois das 10 da noite. Quem vive em Manhattan, Times Square não é o seu lugar de eleição. Demasiado barulhento e confuso, repleto de turistas, filas, vendedores de rua, performers... Mas de vez em quando, sabe bem voltar lá e relembrar que quando se vai pela primeira vez a NYC, o impacto que aquele lugar causa. E nos primeiros dias que cheguei a NYC, uma cidade solitária, independente, amarga e estranha para quem chega para viver cá pela primeira vez, ia a Times Square para me sentir rodeada de gente.



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