sábado, 3 de agosto de 2013

A primeira viagem de comboio dos meus sobrinhos

Dia tão esperado: 1 de Agosto! Fomos buscar os meus sobrinhos a casa da mãe, como combinado, às 11. Ainda não lhes tínhamos comunicado a surpresa: iríamos de comboio para o Algarve (que eles há tanto ambicionavam mas só conheciam de me levar à estação quando ia para Lisboa). Inicialmente, para conforto dos mais pequenos pensamos ir de avião mas tivemos que afastar essa hipótese porque a mãe considera-os imaturos para uma viagem de 45 minutos de avião. Como no ano passado já tivemos a experiência penosa de fazer a viagem de carro, não a quisemos repetir. No ano passado demorou-nos quase 12 horas. Conhecemos todas as estações de serviço, todas as casas de banho, todos os parques, todos os estacionamentos de auto.estrada, do norte ao sul.
Apenas com duas mochilas, duas crianças e 2 adultos começamos a aventura. Há uma da tarde em ponto, o nosso querido taxista Carlos (que eu e a C. tão bem conhecemos das nossas aventuras nocturnas), esperava-nos à porta de casa dos meus pais. Os olhos dos meus sobrinhos começaram logo a brilhar: primeira vez que andavam de táxi! Chegados à estação fomos para o Porto nos inter-regionais ("os amarelos que andam devagarinho e param em todo o lado"). Já no Porto, para esperar as quase duas horas que faltavam, omos para uma esplanada. Entre gelados, coca-colas "para os grandes"' livros de colori, lápis de cor e livros, o tempo passou rápido. Já no Alfa pendular ficamos naqueles lugares para 4 pessoas com mesa. Ao passar numa das pontes que separa o Porto de V.N. de Gaia, o meu sobrinho mais velho grita: "Ei, olha ali tantos sinos em NY!!!". Toda a gente à nossa volta riu! A esta altura jáultrapassava as 8 vezes que perguntavam se faltava muito para chegar à praia. Entre pinturas, auscultadores, conversas, perguntas, idas ao bar e à casa de banho e sestas, o tempo passou rápido. Com o entusiasmo próprio das crianças ainda acharam que chegaríamos a tempo de ir fazer castelos de areia na praia... Mas quase às 9 da noite, não nos pareceu viável. A essa hora tínhamos o meu pai à espera em Tunes. Os meus sobrinhos todos eufóricos correram para os braços do avô a contar-lhe as aventuras da primeira vez que andaram de comboio.

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