sábado, 18 de abril de 2015

Quinta em Lisboa

Quinta-feira. Acordo em Lisboa. Dia claro e luminoso, como quase sempre em Lisboa. Lá fora as vivendas de Alvalade e a Av. Estados Unidos da América. Vamos em direcção ao Areeiro. Pequeno almoço com leite e café expresso, manteiga dos Açores e pão saloio. No alto de cadeiras de bistro. Bela vista. Descemos a Almirante Reis. Viramos à direita até ao campo de Santana. Passamos em frente à Embaixada Itália e depois em frente à Embaixada de Itália. Entramos no estacionamento subterrâneo do CEDOC. Subida de elevador até aos laboratórios e gabinetes. O dia de trabalho começa com café. Eu que não tomo café não tenho coragem de dizer que não e tomo-o como se fosse remédio. Tenho apenas tempo de olhar brevemente para a apresentação e confirmar que os vídeos funcionam. Vamos almoçar ao Goethe Institute. Vacilo entre uma salada Goethe é uma salsicha alemã. Mas penso na cerveja e decido-me pelo que me dará maior sustento. Cerveja alemã. Não termino as salsichas. Seguimos quase directas para a aula. Sala quase cheia. Uns 80 alunos. Novinhos. Maioritariamente alunas. Os alunos contam-se pelos dedos. Pouco antes de entrar para a aula reparo que caiu-me molho de tomate na camisa. Não tenho muito que fazer a não ser esperar que ninguém repare. Começo a aula a reparar na coincidência que descobri quando preparava a apresentação. O Dr. Sousa Martins que tem uma estátua em frente à faculdade de Medicina da NOVA fez uma tese de licenciatura sobre o Pneumogastrico e o coração. E morreu aos 54 anos, tuberculoso e vim uma lesão cardíaca, que caso não se tivesse suicidado com uma dose letal de morfina, teria morrido do coração. E eu venho falar sobre o coração e regeneração cardíaca. Coincidências. Que sinais podem ser estes. Conto mais umas piadas. Provavelmente resultado do quase meio litro de cerveja que bebi. A aula pareceu- me correr bem. O perfil dos alunos parece-me mudar anualmente. Quase não há cadernos, nem livros, nem sebentas, nem esferográficas. O que nos salta à vista são os ipads, tablets e notebooks. Os alunos são do terceiro ano mas a maioria não parece ter mais de 18 anos.

Aula terminada. Depois de muitas gargalhadas e risos nos últimos minutos da aula em q a G. falou das dicas para se fazer uma apresentação.   Voltamos para casa e foi um tour gastronómico até à hora de dormir. Começamos com Gin tónico, em copos normais, não daquele que parecem uma malha de sopa, que de tão grandes que são até se perde o jeito de beber. Pistácios. Azeitonas com alho, azeite e oregãos. Vinho tinto do Douro. Bacalhau assado no forno. Mousse de chocolate. Morangos. Framboesas. Há melhor tratamento do que este?



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