São
pessoas como Adriana e Nestrovsky, e todos os grandes nomes da música
brasileira, que dão a mais valiosa e sagrada imagem do Brasil no mundo. Um
Brasil culto, informado, moderno, dos grandes escritores e poetas, que domina a
língua portuguesa, que pensa, que tem opinião e (sobretudo) que não tem medo.
Já que as pessoas
gostam tanto de classificar, este espectáculo é um recital em forma de lição de
Adriana Calcanhotto com Arthur Nestrovsky, construído a partir da apresentação
única feita na Biblioteca Joanina em Dezembro de 2015, aquando da comemoração
dos 725 anos da Universidade de Coimbra. Nesse dia, para uma plateia de somente
100 pessoas, que só incluía convidados, Calcanhotto ainda tinha o cabelo
comprido, ainda usava brincos compridos de filigrana da alta joelharia
portuguesa, aguentou um frio daqueles, usou o mesmo vestido de veludo comprido
preto e foi feita Embaixadora da Universidade de Coimbra.
Em Lisboa, os mesmos
estão (sempre) presentes na plateia. Mísia, não foi esquecida nos elogios. Esta
amiga é para Calcanhotto a “professora de fado e pastéis de bacalhau, entre
muitas outras coisas”. O amigo David, que Adriana, achava por bem lá estar, e
ele não falhou, foi tratado por “meu amor” e também foi lembrado pelo envio das
manchetes da época sobre “o escândalo, o disparate e a heresia de Amália a
cantar Camões”. Mas “Amália é Amália e
ela pode tudo”. Ana Vidigal estava ao meu lado, na segunda fila. Passaram por
mim a quase brasileira e a especialista em Brasil, Alexandra Lucas Coelho, e o
temido crítico de música do Público,
Nuno Pacheco. Avistei ao longe Anabela Mota Ribeiro, Pilar del Rio, Eduardo
Lourenço, Mísia, António Barreto, José António Pinto Ribeiro...
Adriana, entra a sorrir
sob palmas ruidosas. Coloca cuidadosamente o violão a tiracolo.
O cenário é
minimalista. Uma mesa com uma jarra de rosas vermelhas, uma partitura onde tem
o iPAD e os óculos, dois amplificadores, o banco e o microfone de Arthur
Nestrovsky, que permanecerá vazio até à décima música. Adriana “de vestido de veludo de seda preto, largo, mangas compridas
justas, decote em barco, aquele cabelo curtíssimo que lhe dá um ar antigo e
mostra a linha do crânio, impressiona. Graciosa, cultivada, acompanhada pelo Arthur Nestrovsky, outro ser que irradia luz”. Estas últimas palavras são
da Fernanda Mira Barros que descreveu em pouco o que eu não vou conseguir dizer
com muito.
Copyright: Rita Burmester |
O espectáculo começa
com Tive um coração perdi-o cujos
versos são de Amália. Adriana fala que conhecia os versos de Amália, tem até um
livro, mas que nunca tinha prestado muita atenção “tanto quanto, quando”ouviu
os versos na voz de Mísia. Para mim, que conheço as duas versões, esta versão
em forma de balada sussurrada, não tanto de fado, ficou perfeita.
Segue-se Negro amor popularizada na voz de Gal
Costa, um hit radiofónico no Brasil. É uma uma versão para português de Caetano
Veloso e Péricles Cavalcanti da canção It’s
all over now baby blue de Bob Dylan, o “nosso Nobel da Literatura”. Adriana
sente-se escandalizada por acharem um escândalo Dylan ter sido galardoado com o
Nobel. Aquela história chata de sempre de se poder achar que letra de música é
menos de que poesia. A voz, nesta canção não atinge, de todo, a perfeição. Mas
nesta, o verdadeiramente importante não é a versão mas a mensagem e o
significado.
O
outro de Mário de Sá-Carneiro que Adriana musicou “se é
que se pode chamar isso de musicado”. A descoberta de Mário de Sá-Carneiro
deu-lhe a oportunidade, para além de “o conhecer a ele mesmo, de conhecer
pessoas muito interessantes que também gostam muito dele". E uma das pessoa mais
interessantes que ela destaca é a “Professora Cleonice Bernardinelli que é uma
amante e especialista em língua portuguesa. Fizeram alguns saraus juntas “ela
fingindo que lê porque ela tem uma memória maior que toda essa sala aqui
reunida”. Cantou em forma de fado Senhora
dos olhos lindos, que Cleonice Bernadinelli lhe pediu, especialmente,
para musicar. Genialmente tocada e inesquecível versão. Na sequência, explica
que Cleonice Bernardinelli não quer ser chamada de Professora nem de Dona mas
apenas de Cleo “para ficar mais próxima da gente, ela tem 101 anos, eu entendo
perfeitamente”. Destacou que têm muitos interesses em comum: nasceram as duas
no século passado, gostam de Mário de Sá-Carneiro, de ovos moles de Aveiro e
gostam muito de Dom Dinis. Na ocasião do concerto na Biblioteca Joanina, dentro
da Universidade de Coimbra, “tinha que cantar Dom Dinis, claro”. Relata que
quando voltou para o Brasil, ligou para ela e disse: “Cleo, eu cantei Dom Dinis
na Biblioteca Joanina em português arcaico” ao que ela respondeu: “Pra quê isso
menina? Eu passei isso tudo para português moderno em 1953”. A coincidência
improvável é que exactamente o poema O
que vos nunca cuidei dizer (cantiga de amor), pelo qual Adriana se
interessou, não estava traduzido para português moderno. “Então, por culpa exclusiva da Professora
Doutora Honoris Causa por Coimbra,
Cleonice Serôa da Motta Bernardinelli, serei obrigada a cantar a primeira
estrofe de uma cantiga de Dom Dinis em português arcaico, me perdoem”.
Depois seguiu-se a
canção a cappella do trovador
provençal Arnaud Daniel Canso do ill mot
son plan e prim traduzida em português por Augusto de Campos Canção de amor cantar eu vim. Adriana
chamou-lhe o “Bob Dylan do séc XII”. Mas ao contrário de Bob Dylan, Arnaut
Daniel era “muito rarefeito, de um artesanato poético incrível. Ele fazia um
tipo de trobar clus. Um trobar muito refinado, muito sofisticado. Foi o
inventor forma poética sextina”
[sestilha -estrofe de 6 versos de 7 sílabas e rimas simples). “Foi recuperado
por Dante na Divina Comédia onde é a única criatura que fala na sua língua
nativa (provençal). Mais tarde, Pound, recupera-o de novo. Lança a semente da
alta poesia moderna europeia. Nas iluminuras, os trovadores aparecem fazendo
gestos. E cada gesto, cada ângulo de cotovelo, cada quebrada de punho tem um
significado”. E Arnaut Daniel aparece sempre como “olha como eu sou
maravilhoso, olha como eu sou rarefeito, olha como sou incrível”.
Seguiu-se a Poética do eremita de Fiama Hasse Pais
Brandão pelo qual Adriana se apaixonou à primeira vista. Referiu a sua
dificuldade de entrar nessa poesia tão densa e tão hermética. Esta foi
esquecida em Coimbra.
Copyright: Márcia Lessa |
Copyright: Márcia Lessa |
Adriana terminou a
actuação solo com uma versão de Com que
voz de Camões eternizada na voz de Amália. Há algum tempo atrás, Adriana
soube do escândalo (através do amigo David de Lisboa que lhe mandou as
manchetes da época) que foi Amália cantar Camões. Assim como o escândalo de Bob
Dylan ter sido galardoado com o Nobel da literatura. “Eu fico escandalizada por
alguém se escandalizar com isso”. As manchetes da época classificavam: “Isso é
um escândalo. Isso é um disparate. Isso é uma heresia. É Camões. Ela não tem
direito de fazer isso”. E o outro lado dizia: “Ela é Amália, pode fazer tudo o
que quiser”. Juntos, Amália, Alain Oulman e Camões fizeram Com que voz. Que balada linda ficou a versão de Adriana.
“Não é possível
disfarçar para vocês que não preciso mais dos óculos”. Assim começa a segunda
parte, em que Adriana lê o poema Mortal
loucura de Gregório de Matos no iPAD e entra Arthur Nestrovsky que faz o
eco (final de cada verso que era a última parte da palavra anterior), na versão
musicada de Zé Miguel Wisnik. O domínio do violão de Nestrovsky é do nível
académico. Gregório de Matos nasceu em Salvador mas “era de nacionalidade
portuguesa, como todos os que nasciam no Brasil no séc XVII. Estavamos até
pensando nisso, em recuperar isso, devíamos todos voltar para cá do jeito que
as coisas vão no Brasil”. Cantava os seus versos pelo Recôncavo baiano com uma
violinha de cabaça.
Depois fizeram um salto
de três séculos e passaram para Vínicius de Moraes, “um extraordinário poeta de
livros que viria a tornar-se um extraordinário letrista de canções e também
compositor”. Adriana diz (de cor) Soneto
de Corifeu, tão lindo.
E a
seguir cantou Valsa de Eurídice, letra
e composição musical de Vinícius que a escreveu
como presente de aniversário de 15 anos da filha Susana (mulher de Adriana
Calcanhotto, falecida em 2015). Esta canção termina, também, com a palavra
saudade: “Pensa que a saudade/ mais do que a própria morte/
Pode matar-me/ Adeus”. Para além de ser um letrista maravilhoso que compôs meia
dúzia de canções incontornáveis do cancioneiro popular brasileiro. No entanto
existe alguma controvérsia: “Susana andou fazendo uns cálculos e descobriu que
quando a música foi feita ela já tinha 16...”. Esta valsa foi incorporada anos
depois no musical Orfeu da Conceição.
Vínicius teve a primeira ideia da junção
da tragédia grega com a cultura negra do povo do morro do Rio de Janeiro. Numa
noite, perto do Carnaval, teve uma inspiração fulgurante e passou a noite a
escrever praticamente o texto inteiro que viria a ser o Orfeu da Conceição. E para musicar o texto ele procurou um
arranjador que estava a começar e tinha muito talento, António
Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Seguiu-se outra canção de Vinícius de
Moraes compositor, Medo de amar: “...Porém,
não se surpreenda se uma outra mulher/ Nascer de mim, como do deserto uma flor/
E compreender que o ciúme é o perfume do amor”.
Seguiu-se a belíssima Noite de São João de Alberto Caeiro musicada
por Fred Martins. Para mim, um dos momentos mais bonitos da noite. Mais uma
vez, como as flores que deram o nome a esta lição, Adriana leu um poema sobre
rosas, As rosas com bolores de Adília
Lopes. E Segue
o teu destino de Ricardo Reis e musicada por Suely
Costa.
Copyright: Márcia Lessa |
Há uns anos, a
Universidade de Coimbra decidiu atribuir o título de Doutor Honoris Causa ao Reitor da Universidade
Federal da Bahia, à época, Edgardo Santos. Esse foi um homem extraordinário que
coincidiu com um momento extraordinário da história do Brasil. Foi um período
realmente muito curto de florescimentyo da cultura brasileira, de cerca de 10
anos que incluiu: invenção da Bossa Nova, movimento de educação pública,
desenvolvimento da arquitectura moderna brasileira, a nova capital do Brasil-
Brasília, o cinema novo, o Brasil foi bicampeão de futebol com Pelé. Uma época
em que Juscelino Kusbichek começa o seu mandato em 56 até à implementação da
ditadura militar em 64, interregno democrático, de marcado crescimento
económico e cultural promoveu o supra descrito. Então o Edgardo Santos, Reitor
da UFBA, considerado um cosmopolita levou muitos investigadores convidados de
fora para a universidade, incluíndo Walter
Smetak, um músico suiço com o qual estudaram Caetano Veloso, Tom Zé e Gilberto
Gil. Então aquando da vinda de Edgardo Santos, foi convidado também Assis
Chateaubriand, o magnata das comunicações, uma espécie de Citizen Kane brasileiro. Como ele não pode vir, convidou Dorival
Caymi o representasse, representando a Bahia. Então Caymi veio pela primeira
vez a Portugal com a cantora Doris Monteiro. Passou alguns dias aqui e teve
alguns encontros, alguns deles memoráveis, incluíndo o encontro com Amália.
Diz-se que ali ocorreu “o casamento entre o samba e o fado”. Se o casamento foi
ou não consumado, não se sabe. Quando Caymi estava a caminho de Coimbra para a
cerimonia, parou nas Caldas da Raínha e existe uma fotografia muito bonita dele
junto de um roseiral na estrada. A partir dessa experiência, Caymmi compôs a
canção que deu o nome a este espectáculo Das
rosas, que eu achava que viesse do Milagre
das Rosas da Raínha Santa Isabel (mulher de Dom Dinis).
Sem
nenhuma palavra a apresentá-la a seguinte foi a lindíssima Cajuína de Caetano,cantada em dueto,com uma letra tão enigmática
que Arthur Nestrovsky explicou:
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
Aqui Nestrovsky dá-nos
uma verdadeira aula de metafísica filosófica, com perguntas sem resposta e os
seus significados. “Existirmos: a que será que se destina?”. Convenhamos que um
autor que é capaz de fazer uma canção com a pergunta das perguntas não é pouca coisa.
Esta é uma versão da pergunta existencial do filósofo alemão Martin Heidegger
(cujo livro, Nestrovky em Coimbra, citou em alemão, uma vez que nas próprias
palavras, a plateia devia ser unanimemente constituída por académicos) "por que existe afinal ente e não antes nada?".
Existe outra formulação dessa pergunta num conto Manuelzão e Miguilim de Guimarães Rosa, na cena final, em que o
menino Miguilim questiona a mãe: “Mãe, mas por que é, então, para que é, que acontece tudo?”. Heidegger pergunta isso na
terceira pessoa, a voz do pai fazendo a pergunta de fora; Guimarães pergunta do
ponto de vista do menino confrontado com o mistério da existência; e Caetano
faz essa pergunta de um modo muito diferente. Existir, neste caso, é ao mesmo
tempo substantivo e verbo. A cena da canção remete para o encontro de
Caetano Veloso com o pai de Toquatto Neto (amigo e parceiro de Caetano na época
da Tropicália que se suicidou no dia do próprio aniversário) em Teresina,
capital do Piauí: “A flor já é um presente em si, é uma dádiva, não é uma coisa
que vai durar, que vai permanecer. O que permanecerá é o gesto do presente.
Já a rumar para o
final, canta Morro dois irmãos de
Chico Buarque, que fez parte do repertório do seu disco A fábrica do Poema. Lê depois o poema do Canção do exílio de Gonçalves Dias: “Minha
terra tem palmeiras,/ Onde canta o Sabiá;/
As aves, que aqui gorjeiam,/ Não gorjeiam como lá. A penúltima canção foi Sabiá. Com versos de Chico Buarque aos
24 anos e música de Tom Jobim. Esta canção é uma espécie de Canção do exílio. A canção
Sabia ganhou o festival da canção no Maracanazinho sob os apupos da plateia
porque não perceberam o significado da canção. É sobre um lugar imaginário, um
lugar que não existe ou que não existe mais. O sabiá na palmeira não canta, eu
que sou bióloga, aprendi isso com um músico). Arthur não esquece de referir que
não se cumpriu esse desejo do Brasil, um país que ainda não se cumpriu, e que
ainda há pouco perdeu uma grande oportunidade. Sempre velado, nunca directo,
foi o mais claro que conseguiu ser na crítica política à situação do Brasil
actual. Não se ouviu, como nos concertos de Caetano, “Fora Temer”. Não sei se
porque as pessoas estão demasiado desanimadas ou se não eram politizadas...
Fica a pergunta por responder.
Termina
em apoteose com o pout porri com Coimbra e Chega de saudade com sotaque brasileiro e com melodia de bossa
nova, que termina com toque e gesto de Carmen Miranda, e a palavra saudade com sotaque português.
No encore do Porto, Adriana disse que era a primeira
vez de Arthur Nestrovsky no Porto: “Eu avisei a ele”. E que também disse: Esta
sala parece um pouco fria”. Ao que ela respondeu: “Espera”.Confidenciou que na
primeira vez que esteve no Porto com Dé Palmeira e que se lembra que era numa
sala com cortina e que ele disse enquanto a corina fechava e olhava para ela: “Isso
não é uma platéia, é família”. Como no decorrer do espectáculo faltou o que
eles chamaram de “maior compositor gaúcho”, Lupicinio Rodrigues: Nunca e
Voltou para um segundo encore: “Em que é que posso ser útil?” e só em Lisboa terminou com
duas músicas: Esquadros e Inverno. Em Coimbra e Porto ficou-se,
apenas, pela primeira. O Porto, ah o Porto, acompanhou baixinho.
Comentei com a
Anabela Mota Ribeiro o quanto este espectáculo/concerto/recital mais parecia
uma aula. A Ana Vidigal classificou-o no seu blog como “lição”. Essa é a
verdadeira palavra, a que me faltava. Uma verdadeira lição de literatura e de
história da cultura e música brasileira, principalmente dos últimos 50 anos. Este
modelo não é totalmente desconhecido nem inovador. Assisti por duas vezes ao
que Maria Bethânia denomina de “recital” Palavras. A diferença é que as
histórias, referência e notas de rodapé não são tão profundas nem extensas. Ao
contrário de Nuno Pacheco, que classificou de “extensos enquadramentos, explicações e
contextualizações” e aconselha que esta é uma “jóia por lapidar, onde a música
e a poesia só terão a ganhar com um corte drástico no didactismo”, eu acho que
foi magistral. A outra crítica que faz é à voz de Adriana: “a sua voz não
esteve nos melhores momentos”. Esta é a diferença entre um crítico e uma leiga.
Um crítico é imparcial e uma leiga gosta ou não gosta. E este não era um
espectáculo de canção. E Adriana não é uma interprete virtuosa como Gal,
Bethânia ou Elis. Então, qual o problema da voz?
Quando se sai do
espectáculo quase não se sabe o que fazer com tanta informação. Sai-se de
coração cheio. Depois da ovação catártica em Coimbra, quando Calcanhotto,
surgiu no palco para o encore com a
capa de Lente, ela que é actualmente Professora Convidada da Universidade de
Coimbra onde leccionará neste segundo semestre na Faculdade de Letras, a
fasquia para o Porto ficou muito alta. Mas o Porto, com as suas gentes tão
sinceras e espontâneas, não desiludiu, mais uma vez.
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