quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tempestade em NYC

Dois de julho. Ontem não tive coragem de escrever tal o medo com que estava! Fiquei em casa porque no dia antes abusei nas margaritas no Cubby Hole. E já tinha bebido duas quando esperava por mesa no Fish. Levei a CJ e o D. A provarem pela primeira vez ostras. A aversão do D. às ostras era tanta que ele queria desafiar-me a trocar 2 ostras por uma snades de peanut butter e gelly... Isto sim, só de pensar, dá-se-me uma volta nas entranhas.  Como escrevia,  malezinha, fiquei em casa, e aproveitei para lavar roupa. A trovoada começara no início da tarde. Ainda não eram 5 da tarde e a cor já parecia semelhante a 9 da noite... Começou a festa. A luz dos trovões era sincronizada com o barulho. Ainda perguntei ao porteiro do prédio: “Is it safe to use the elevators?”. Ele olhou-me com uma cara de “Dah, this is NYC”. Como o respeitinho pelo que não dominamos e não conhecemos deve ser muito, lá estava eu, sentadinha no meu sofá à espera que a tempestade passasse. Só não passou, como piorou. Parecia um jogo de luzes laser. O som era aterrorizador. Já não me lembrava de uma trovoada assim desde os tempos de Houston. Como quando as coisas estão mal, ainda podem piorar mais, depois de ter colocado o cartão recarregável na máquina de lavar, quando passei para o secador, o cartão não funcionava. Que bom! Roupa lavada mas molhada...cartão a não funcionar. Como boa portuguesa que sou, lá usei a técnica do desenrasque! Encontro um senhor velhote e pergunto-lhe se não tem um cartão de lavandaria. Disse-me que não mas que ia subir ao apartamento. Até me meteu dó. O senhor era bastante velhote. Aliás, nem acho que fosse muito velhote. As pernas é que não acompanhavam a idade. A coisa demorou. Mas lá apareceu prestável senhor que não queria aceitar os meus 2 dólares. Insisti, claro. Grande favor já me tinha feito. E assim descobri que tinha sido da força-aérea americana e tinha sido destacado para Itália, onde também deu aulas de inglês. “You haven’t spanish accent”! “Portuguese, I’m portuguese! Não sei se foi lapso, porque quero acreditar que um piloto da força aérea americana saiba que Portugal é um país diferente de Espanha. E que em Portugal se fala português. Terminamos a noite a comer francesinhas feitas pela CJ. Aprovadíssimas. 






P.S- nenhuma das fotos é minha

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