Na segunda fui apanhada de surpresa pelo anúncio da morte da
Vange Leonel. Desconhecidíssima em Portugal, era uma escritora e activista
brasileira que seguia há muito. Não a conhecia para além do que escrevia. Sabia
que tinha algo próximo dos 50 anos, embora não parecesse. Acompanhava-a também
no twitter, apesar de há alguns dias não postar nada. Quando li que tinha
morrido pensei em duas coisas: acidente ou suicídio. Simplesmente porque ainda
há poucos dias a lera. Surpresa: morreu de cancro aos 51 anos. Há 20 dias
descobrira um cancro nos ovários. Uma semana depois estava internada.
Descobrira metastases. Segunda, apenas 20 dias depois de saber que estava muito
doente, morreu. Há muitos anos que me pergunto qual a razão de quando as
pessoas descobrem um cancro parece que encontram o rastilho de pólvora. Curta,
como a vida. É o que dizem. A uma hora destas é nisto que penso: como a vida é fugaz. Como diz a
música: “Sooner or later, they [we] all will be gone”.
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