Um destes dias à noite, à ida para casa do F., depois da
ópera, fomos a uma capela no Columbia Medical Center que está fechada para obras.
É enorme, mais parece uma igreja, embora seja sem religião. Estava cheia de pó
das obras e tinha um piano que o F. já experimentara. Fomos para lá. Parecia
daqueles filmes de suspense, meia-luz, silêncio total, ecos, parecia que a
qualquer momento alguém haveria de entrar...Cena mesmo de filme. O F. a tocar
piano, uma capela fechada, no silêncio absoluto, que para lá da porta eram os
corredores do hospital...Depois subimos ao coro, iluminados pela luz do tlm do
F., onde estava um orgão estragado mas q o F. conseguiu tirar algum som. E
depois... tocou duas vezes os sinos!!!! Quando os ouvi tocar lembrei-me
imediatamente da paranóia do meu sobrinho mais velho pelos sinos (que depois
contagiou o mais novo). Durante algum tempo achei que eles tinham um problema.
Mal o mais novo andava e falava mas era vê-los a discutir sinos, principalmente
de Braga, tons e cores. Coleccionavam todo o tipo de sinos. Inclusive os meus
pais trouxeram de NY e Washington umas pequenas réplicas. Até têm sinos com
galos de Barcelos! Existem uns vídeos do mais novo, que mal se equilibra das
pernas, mas que já domina o tom dos sinos “tim-tão, tim-tão”!!! O mais velhos,
outra vez, comeu todos os sinos de chocolate existentes na árvore de Natal e
deixou lá os papéis. Agora o vício é outro: tudo o que tenha Cars 2! E parece
que é uma moda mundial. Na FAO Schwartz e Toys’r’us era ver pais, avós e
crianças, todos à procura do mesmo.
Estes dois dias foam também dedicados às compras. Sentada
num Pret à Manger perto do WTC avisto o já mais alto edifício de NY. Não pára
de crescer. Em frente tenho um “buraco” entre prédios revestido pelos nomes de
muitas cidades do mundo.
No dia seguinte mais compras. Uma ida a West Village, outro
mundo. Almoço no Fish. Seis ostras, um copo de Merlot e uma sopa de peixe. Vou
arrefecer para a montra exterior da Book Book, onde se encontram verdadeiras
pechinchas. Uma livraria pequena na Bleecker street que era conhecida como “Biography
Bookshop”. Quando a cara e as mãos já não aguentam entra-se e encontra-se
outras tantas perdições. Por cada livro que se compra colocam um marcador. Sigo
pela Bleecker em direcção à W 11th street. Entro na Bookmarc onde se encontra sempre excelentes
livros de arte, mesmo em frente tem uma Magnolia, que hoje pela hora ou por ser
dia de semana não tem fila de turistas. Mesmo ao lado entro na Marc Jacobs e
invisto na prenda da minha afilhada. Como não podia deixar de ser, vou ao 11thstreet Cafe. Tem excelentes omeletes de cebola e coentros e tem wireless.
Passei muitas horas a escrever aqui e só boas memórias. Uma passagem rápida por
Times Square, entra-se num Starbucks para aquecer... Segue-se para jantar ramen
na Broadway com a 125, perto do Main Campus de Columbia, Jin Ramen Noodle Bar. Que
bom! Sake é que não é comigo, nem quente nem frio!
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