O
Porto não é uma cidade que escolha ir porque gosto. Vou , como vou a tantas
outras, por necessidade, ou porque tenho lá amigos queridos, porque é a cidade
mais perto onde acontece determinado espectáculo. Ao contrário do que muitos
dizem, que não se passa nada no Porto, a bem da verdade, passa-se muita coisa.
A Casa da Música é das coisas mais activas na cidade. O ciclo de conferências
sobre a América organizadas pela Anabela Mota Ribeiro e pela FLAD foram das
coisas mais fantásticas que vi nos últimos tempos. As quintas de leitura no Teatro do Campo
Alegre, as apresentações na belíssima Biblioteca Almenida Garrett, perdida nos
jardim do Palácio de Cristal. Não me posso esquecer de um dos que considero dos
mais bem localizados museus do mundo, Serralves.
Hoje,
para que os meus amigos queridos não me critiquem tanto por não considerar o
Porto, nem de longe nem de perto, uma das minhas cidades, só vou dizer bem!
Na
mesma semana fui duas vezes ao Porto. Coisa rara. E para quem diz que no norte,
e principalmente no Porto as pessoas são todas simpáticas, enganem-se. Um dos
restaurantes classificado como TOP 10 em Francesinhas, mesmo em frente ao
Coliseu, chamado Santiago, por
favor!!! Fica aqui o aviso. As francesinhas são boas, mas o atendimento!!! Não
de todos, mas unicamente uma senhora que parecia saída da cadeia de Custóias:
cabelo oxigenado, os braços cobertos de tatuagens, t-shirt 2 números abaixo do
que devia, gestos rudes, voz alta e a parecer que estava a fazer-nos um favor.
Continuo
a achar que a degradação de muitas ruas do Porto, que noutras cidades até
parecem pitorescas, nesta cidade, parecem decadentes.
Mas
onde eu queria chegar. O melhor restaurante do mundo (onde comi), depois de um
em Philly e do Nobu em NY, foi o Gòshó.
A
outra sugestão foi-me dada por pessoas diferentes. Uma disse-me que era em
frente à Padaria Ribeiro, outra que
era em frente a uma leitaria. Como eu não reconheço nada, achava que eram
restaurantes diferentes. Era o mesmo, o magnífico Kyoto na baixa. As reservas
todas completas a uma sexta à noite, mas um ambiente cool, despretensioso.
Adorei!
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