Oliver Smithies é um dos galardoados com o prémio Nobel em
Medicina, 2007 e que veio dar uma palestra à Universidade do Minho na passada sexta-feira e ontem participou numa conferência com outros laureados na Culturgest. Assistir a uma palestra de um prémio Nobel nunca pode ser
decepcionante. Todas as que vi não foram e esta também não. Este cientista de
88 anos só o aparenta porque as pernas são o seu elo mais fraco. Fala com o
entusiasmo de um jovem. Prende a atenção dos que o assistem. Conta histórias da
infância, da terra onde nasceu, cativa a audiência. Mostra fotos dos originais dos
seus 150 cadernos, onde até hoje, continua a escrever. Considera-se um
cientista de bancada e não um administrador. Os olhos ainda brilham a falar de
ciência. Diz que é muito importante tirar bons apontamentos e escrever o mais
possível de pormenores. Confessa que não almoça. Mas diz que dormir é muito importante.
Muitos dos dias que passa no laboratório são aos fins de semana. Achei
impressionante uma pessoa que tem a juventude mental de um jovem cientista aos
88 anos. Questiona-se com as mesmas coisas e continua a achar que devemos fazer
o que gostamos. Terminou a dizer que a curiosidade dele nunca acaba.
Sem comentários:
Enviar um comentário