Ontem fomos eu, a A. e a J. ver a peça "Doze homens e uma sentença" ao Theatro Circo.
A peça começa com a reunião de 12 jurados pela
absolvição ou acusação de um jovem de 16 anos que presumivelmente matou o pai
com uma facada no peito. Os 12 jurados reúnem-se em volta de uma mesa e começam
com uma votação de 11 a considerarem o réu culpado e apenas um a considerá-lo
inocente porque não tem certezas. Esta
peça é um surpreendente exercício de argumentação.
O calor escaldante que se faz sentir faz os
jurados limpar o suor frequentemente do rosto dos 12 homens trancados numa
pequena sala com apenas mesa, cadeiras e água. O veredicto tem que ser unânime. Se os
jurados considerarem o réu culpado do assassinato do próprio pai, será
executado na cadeira eléctrica, mas se um deles tiver uma dúvida razoável a
respeito da culpabilidade, o filho não poderá ser condenado e regressará assim
às ruas.
São quase duas horas
de acesas discussões, muitos gritos, muitas demonstrações, muitos argumentos e
que nos deixa com uma dúvida: os jurados, com todas as provas apresentadas em
tribunal têm a certeza absoluta que o jovem é culpado?
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